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Política

Jornalistas são hostilizados em cobertura de atos pré-prisão de Lula

06 abril 2018 - 18h38

Jornalistas denunciam agressões e ameaças por pessoas contrárias ao pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fatos ocorridos na noite desta quinta-feira (5), segundo relata a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), citando casos em Brasília e em São Bernardo do Campo, onde Lula montou um ‘bunker’ na sede do Sindicato dos metalúrgicos.

De acordo com nota divulgada pela Abraji, pelo menos 30 manifestantes avançaram sobre um carro do Correio Braziliense em frente à sede da CUT (a Central Única dos Trabalhadores), na capital federal, e quebraram um dos vidros. Uma repórter, uma fotógrafa e o motorista estavam no veículo.

Além da agressão física, os manifestantes também gritaram ofensas à imprensa e ao jornal. Ninguém ficou ferido. Segundo a Abraji, a Polícia Civil do DF foi informada do ocorrido. A equipe de jornalismo registrou uma ocorrência na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

Ainda em Brasília, um dos manifestantes ameaçou a equipe do SBT, que chegou a ser cercada. “Vocês vão sair daqui, pro bem de vocês”, o manifestante disse ao cinegrafista Magno Lúcio, que estava acompanhado de uma produtora. Um fotógrafo da Reuters também foi hostilizado e teve de deixar o local. Os profissionais estavam no local para cobrir o protesto convocado pela CUT-DF em defesa de Lula.

Já em São Bernardo do Campo, Nilton Fukuda, da agência Estadão Conteúdo, foi atingido com ovos ao registrar manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para onde o ex-presidente se dirigiu no início da noite. O agressor vestia uma camiseta da CUT.

Na nota, a Abraji repudia as agressões e hostilidades às equipes do Correio Braziliense e do SBT, ao fotógrafo da Reuters e a Nilton Fukuda. "A violência contra profissionais da imprensa é inaceitável em qualquer contexto. Impedir jornalistas de exercer seu ofício é atentar contra a democracia. Os autores devem ser identificados e punidos pelas autoridades", diz a nota, reproduzida pelo portal do G1.

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