Logo após ter conhecimento da revogação das prisões da Operação Skala, o governo Temer avaliou que a decisão reduz a tensão dos últimos dias, mas não será capaz de reverter o estrago político na imagem do presidente.
Segundo assessores, o "estrago político está feito" e "não tem volta", prejudicando as articulações do emedebista para disputar um novo mandato. Segundo assessores do presidente Michel Temer, o pedido para revogar as prisões da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, aceito logo em seguida por Barroso, mostraria que elas não seriam necessárias.
Bastaria, na visão deles, ter seguido o que foi requisitado pela Polícia Federal de realizar uma intimação simultânea de todos os investigados.
Na avaliação do governo, a única prisão que poderia ser justificável seria a do coronel João Batista Lima Filho, porque ele vinha evitando prestar depoimento nos últimos nove meses. Lima, por sinal, manteve a posição de não depor, conforme divulgou o blog do Valdo Cruz no G1.
Entre os demais, porém, assessores do presidente destacam que alguns já deram até depoimentos espontâneos e estariam à disposição da Polícia Federal.
O Palácio do Planalto segue com a mesma avaliação manifestada em nota divulgada na sexta-feira (30), de que a Operação Skala teria o objetivo de "tirar da disputa política" o presidente Michel Temer.
Agora, para a equipe de Temer, a revogação das prisões alivia um pouco a tensão dos últimos dias, mas o "estrago político está feito" e o governo terá ainda mais dificuldades daqui para a frente.
Neste domingo (1), Temer vai seguir nas articulações para fechar a reforma ministerial na busca de reorganizar a base aliada e evitar, por exemplo, a autorização pela Câmara dos Deputados de uma eventual terceira denúncia. Ele já decidiu manter com PP e PR os ministérios da Saúde e Transportes, conforme o blogueiro.