Deputados estaduais mantiveram quatro vetos do Governo do Estado na sessão desta terça-feira (6) e oposição reclama da falta de "autonomia" da Casa de Leis. "Todos os vetos dessa Casa são mantidos. Isso é um absurdo", reclamou o deputado estadual Amarildo Cruz (PT).
Entre as proposições arquivadas está o projeto de lei, de autoria do deputado Paulo Siufi (MDB), que autoriza o Executivo a instituir o Programa de Terapia Floral Integrativa e/ou complementar ao bem estar e à saúde no Estado.
O projeto de lei de autoria do deputado Renato Câmara (MDB) que determina medidas de proteção ao consumidor na publicidade de combustíveis, que diferencie preços para pagamento à vista em dinheiro ou débito dos preços para pagamento em cartão de crédito, teve os artigos que tratam sobre as penalidade da matéria vetados também.
Por maioria de votos, foi arquivado o projeto de lei, de Marcio Fernandes (MDB), que dispõe sobre a utilização de aparelho celular em UTI’s neonatais no Estado. O parlamentar e médico, Paulo Siufi declarou ser contrário ao projeto desde quando a matéria entrou na Casa para ser debatida. Ele alegou que médicos não podem ficar sem manusear o aparelho por tanto tempo, já que a maioria fica mais da metade do dia dentro das UTI's. Porém o autor da matéria rebateu dizendo que pesquisa comprovou que o celular é mais sujo que sola de sapatos usados, sendo assim, de acordo com a pesquisa, uma das maiores causas de contaminação por bactérias.
E ainda mantido o veto total ao projeto de lei, de autoria dos deputados Antonieta Amorim (MDB), Beto Pereira (PSDB), João Grandão (PT) e Renato Câmara, que dá preferência a marcação de exames para pessoas com mais de 60 anos nas unidades de saúde pertencentes ao Governo de Mato Grosso do Sul.
POLÊMICA
Mais uma vez parlamentares divergiram opiniões. Dessa vez foi sobre projeto de lei que dá preferência na marcação de exames para pessoas com mais de 60 anos, nas unidades de saúde pertencentes ao Governo de Mato Grosso do Sul.
O deputado Amarildo Cruz (PT) reclamou que todos os vetos são mantidos na Casa de Leis e que o Legislativo não tem autonomia para legislar. "Sobre o projeto de lei, ninguém está falando em atendimento, é apenas na marcação de exames", rebateu o parlamentar, após o médico Paulo Siufi argumentar que não pode ter discriminação pela idade. "Errei por ter votado a favor do mérito da matéria, mas agora voto a favor do veto, pois as pessoas devem ser atendidas pela gravidade do caso", explicou Siufi.
Mas outro petista, o deputado João Grandão, pediu a vez e exaltado, reforçou a fala de seu correligionário. "Ninguém está falando sobre atendimento, o projeto diz respeito a marcação de exames, a palavra é marcação, vocês não entenderam?", finalizou.
