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Política

Marun fala em governabilidade ameaçada por juiz e candidatura de Temer a presidente

18 janeiro 2018 - 19h57

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS), contestou nesta quinta-feira (18) em Belo Horizonte, a decisão da Justiça em impedir a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) no Ministério do Trabalho.

“Existe governabilidade possível em um país aonde um juiz de Primeira Instância, são centenas aqui no Brasil, pode reformar uma decisão privativa do presidente da República? O ministério está sendo exercido por uma pessoa que tem capacidade, claro que existe uma inconformidade pelo fato de o presidente não poder estar contando com o trabalho da auxiliar que ele escolheu para o exercício desta função, mas, nós vamos avançar com respeito à justiça brasileira”, disse o ministro antes de participar de um almoço com o presidente da Fiemg (a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Olavo Machado Junior.

Na terça-feira (16), o TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) negou mais um recurso apresentado pelos advogados de Cristiane Brasil. A partir de agora, novas tentativas para que a deputada federal assuma o Ministério do Trabalho deverão ser feitos no STJ (o Superior Tribunal de Justiça), conforme divulga o portal G1.

Como o G1 noticiou na ocasião, Cristiane tem dois processos na área trabalhista com ex-motoristas que alegam ter exercido a função sem carteira assinada.
“Nós entendemos neste momento que a nomeação da ministra é um ato absolutamente legal e nós vamos lutar para retirar na Justiça, com respeito à Justiça, mas para que o bom senso volte a prevalecer”, disse Marun.

Reforma da Previdência

Marun disse estar confiante de que, até fevereiro, o Governo terá os votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência. “Não estamos trabalhando com este cenário [de não conseguir os votos], o nosso cenário é um cenário de votação e aprovação. Nós não temos plano B, nós só temos plano A, ‘A’ de aprovação da reforma da previdência”, disse.

Questionado sobre as últimas declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em relação à reforma, ele disse que concorda que não é simples votá-la neste ano. “Todavia, eu entendo que isso até deve servir de comprovação da certeza de que nós temos que a reforma é necessária. Eu devolvo a pergunta: será que alguém pensa que se nós não tivéssemos a mais absoluta certeza de que a reforma é necessária, nós estaríamos neste momento mexendo com uma coisa tão polêmica quanto esta? Estaríamos fazendo outra coisa”, disse.

Caixa

Para o ministro, o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal, investigados por suspeita de corrupção e favorecimento de grupos políticos e de empresas, não vai atrapalhar o governo.
“Só faltava num momento como este, uma situação dessas onde está clara, digamos, que a decisão passa também por pleito e colocações de outros poderes, que isso viesse a prejudicar uma coisa tão importante quanto a aprovação da reforma (da Previdência). Era como se numa final de Copa do Mundo, o cidadão torcesse contra o Brasil porque, digamos, não gostou de alguém ficar na reserva, coisa deste tipo assim”, disse ele.

Ano eleitoral

Sobre a disputa presidencial, Marun defende projeto de lucidez que “se coloque entre as duas candidaturas que hoje estão postas, de Lula, por um lado, e de Bolsonaro, pelo outro”.

"Pode ser o Rodrigo? Pode. É uma candidatura que nós respeitamos. [O ministro Henrique Meirelles (PSD/SP)?] Pode. É uma candidatura que nós respeitamos. [O senador Antonio Anastasia (PSDB/MG) para vice?] Pode. (...) Geraldo Alckimin (PSDB/SP)? Pode. Mesmo ele não sendo da base do governo, se ele se dispor a defender, com veemência, com convicção, o projeto que nós defendemos, pode ser o nosso candidato. Não estamos colocando ninguém fora. Michel Temer pode? Pode. Não quer. Diz que não quer, mas... ", concluiu o ministro.

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