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Política

Vulnerabilidade das fronteiras leva Reinaldo a propor fundo nacional de segurança

10 outubro 2017 - 17h37Por Max Rocha/Douranews

Mato Grosso do Sul sofre com os avanços das facções criminosas nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia. O Estado carrega uma fama nada agradável aos olhos, o título de maior rota do tráfico internacional de drogas da América Latina, porta de entrada de cocaína, maconha e armas de todos os tipos que transitam pelo país. Buscando alternativas de repressão a esse tipo de crime, cada vez mais comum, o governador Reinaldo Azambuja se reúne com o presidente Michel Temer no dia 27, em Rio Branco, para discutir a criação de um fundo nacional de segurança pública.

O encontro tem como intuito fortalecer, principalmente as ações das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), e também dar condições às Forças Armadas para que tenham presença mais efetiva nas regiões de fronteiras, a exemplo do que ocorria no desencadeamento da Operação Ágata, quando o índice de criminalidade caía drasticamente. Deverão estar presentes no encontro no Acre, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, a presidente do Supremo Tribunal Federal e Conselho Nacional de Justiça, Carmem Lúcia Antunes Rocha, e governadores de outros estados que fazem fronteira.

Durante agenda na manhã desta segunda-feira (9), Azambuja disse que “a União abriu as fronteira brasileiras e agora precisa cumprir seu papel”. Enquanto isso não ocorre, a sociedade fica à mercê da bandidagem, já que as polícias com estruturas cada vez mais precárias não consegue responder, à altura, a força do tráfico cada vez mais visível nas cidades próximas das fronteiras.

Um exemplo é Dourados, a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, onde se constata que a maioria dos crimes estão relacionados com o tráfico de drogas, e os índices de assalto vem crescendo. Quando o bandido é preso, ao se fazer uma checagem o que se depara é que a maioria das vezes o estado de origem é outro, eles veem para Mato Grosso do Sul e acabam ficando, por conta da localização, na proximidade com as fronteiras.

O Estado hoje tem um deficit de aproximadamente 4 mil policiais militares, mas, segundo Reinaldo Azambuja, existe um cronograma de concursos para a área da segurança pública, conforme afirmação feita durante um evento ligado aos 40 anos de Mato Grosso do Sul, comemorado nesta quarta-feira (11).

"Temos agora um cronograma de concursos para que a gente possa, todos os anos, ter um ingresso de novos policiais militares e bombeiros militares. Então tem um planejamento da Sejusp que deve possibilitar a gente realizar concursos aos policiais militares para todos os anos, para a gente manter o equilíbrio entre entrada e saída", afirmou Azambuja.

Além do deficit, as mudanças aprovadas na esfera federal com relação a previdência está gerando pedidos de aposentadoria em massa. Somente em 2016 foram 600 solicitações, conforme levantamento do Governo.

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