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O Brasil caminha com as sobras da corrupção

31 agosto 2017 - 15h22

O Jornal “O Progresso”, edição de 25.08.2017, estampa na sua primeira página, a manchete: “RENAIS CRÔNICOS ESTÃO SEM REMÉDIO HÁ MAIS DE 3 MESES. – Pacientes transplantados estão sem o medicamento Ciclosporina 100 mg. há 3 meses.” Renais crônicos são aqueles pacientes que precisam fazer hemodiálise, duas vezes por semana. Intervenção extremamente dolorida e deprimente.

Quando a administração pública anuncia que o paciente de moléstia crônica ficará sem o remédio, todos sabemos que o dinheiro destinado à compra do medicamento foi ROUBADO! O sofrimento do paciente redobra, acompanhado da frustração quando comprova que não merece, como ser humano filho de Deus, o mínimo de consideração e de solidariedade dos homens públicos.

É uma realidade, o abandono de pacientes acometidos de inúmeras doenças crônicas, dentre eles, os diagnosticados com câncer. Atrasam o tratamento, o que torna a doença irreversível e impõe ao paciente a angústia de saber que definha à mingua de qualquer ajuda; sente a vida esvair-se com o pleno conhecimento de ser vítima da corrupção, do desinteresse, da incompetência e da ausência de solidariedade humana.

Os equipamentos para o tratamento estão, via de regra, encaixotados, quebrados ou embaraçados pela negligência ou incompetência dos parasitas, encostados nas folhas de pagamento dos órgãos públicos. A saúde pública, reconhecidamente prioridade, é tratada com absoluto desinteresse pelos governos.

Hospitais novos nunca ficam prontas, a corrupção devora o dinheiro da obra; as construtoras desaparecem capitaneadas por quem as contratou; e aqueles que deveriam fiscalizar, contentam-se com a sua parte no butim.

O que acontece com a saúde repete-se na educação e também na segurança pública. A “Pátria Educadora”, conclamada pela “saudosa e abominável presidenta” Dilma, foi uma piada; desde então, até a merenda escolar foi reduzida em volume e qualidade.

No Rio de Janeiro neste ano de 2017, os bandidos já mataram 100 policiais militares, quando o normal seria a polícia matar 1.000 bandidos, em vista da quantidade que infesta a Cidade Maravilhosa.

Vivemos um transtorno democrático, conforme provam e comprovam os acontecimentos no seio dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

1 – No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com o uso do fundo financeiro do Tribunal, foram gastos R$4.812.392,51, para a instalação de uma academia de ginástica, no próprio prédio do Tribunal. Pela freqüência dos magistrados na academia, computados os dispêndios e o número de freqüentadores, durante um ano chegou-se ao montante de 37 mil reais para cada usuário do centro de ginástica. (Redes sociais).

2 – “EU NÃO TÕ NEM AÍ” - Mirko Vincenzo Giannotte, juiz da cidade matogrossense de Sinop, sobre a polêmica em torno do contracheque que recebeu de SALÁRIO EM JULHO, no valor de R$503.928,79.” (Revista ISTOÉ, Ed. 23.08.2017, pág. 24).

3 – “O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci (PT), declarou que o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, teria recebido R$ 5 milhões de suborno para barrar a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal em 2009.” (o Progresso, Col. C, ed.28.08.2017).

4 – “O juiz que discorda do Brasil. - Em uma semana, Gilmar Mendes solta nove presos da Lava-Jato, volta-se contra a prisão em segunda instância e frustra o país que quer acabar com a tradição de corrupção e impunidade.”( rev.VEJA, capa e págs. 52 e ss., ed. 30.08.2017).

4 - “TUTTI BUONA GENTE . Um sujeito foi flagrado, no Mato Grosso do Sul, com 129 kg. de maconha, armamento de uso exclusivo do Exército e munições. Breno Borges foi preso em flagrante. (...) não fosse filho da desembargadora Tânia Borges, presidente do Tribunal Regional Eleitoral. (...) Drª Tânia Borges deu uma bela carteirada e mandou sua cria para uma clínica médica.” Bruno Borges é outro filho da desembargadora (...) foi preso por assalto a mão armada em Campo Grande (...) não ficou nenhum dia preso.” (sic) (Revista ISTOÉ, ed. 16.08.2017, pág.74, articulista: Mentor Neto).

Os impostos recolhidos, a corrupção incontrolável, perversa e insensível dos políticos devora. Notoriedade vem ganhando o Judiciário. A imprensa e as redes sociais mostram a existência de escroques togados, envolvidos em corrupção. O MPF, por influência do desempenho do juiz Sérgio Moro, vêm, ombro a ombro, com a PF, executando bom serviço. Já cadastraram impressionante número de ladrões!

À vista da noticia de que “OS RENAIS CRÔNICOS ESTÃO SEM REMÉDIO HÁ MAIS DE 3 MESES.” o juiz Mirko Vincenzo Giannotte, que recebeu R$503.92,79 como salário em julho 2017, diria despreocupado: “Eu não tô nem aí!”

* O autor é membro da ADL (Associação Douradense de Letras). [email protected]

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