O deputado estadual Paulo Siufi (PMDB) saiu da base do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ontem, após divergência com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Beto Pereira (PSDB). A briga teria sido motivada por falta de acordo para colocar em pauta o projeto de lei que garantia aumento do piso salarial dos farmacêuticos.
A expectativa era de que o texto fosse aprovado na sessão de ontem e, por isso, a plateia estava repleta de representantes da categoria que aguardavam a votação. Isso porque a matéria já havia sido apreciada em regime de urgência na quinta-feira (4). Como de praxe, o projeto já deveria ser colocado para análise do plenário na sessão seguinte. O que não ocorreu.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Beto Pereira, não quis apresentar o relatório durante a sessão.
“De acordo com regimento interno da Casa, eu tenho 48 horas para fazer isso. Não vou apresentar sem analisar”, justificou. O presidente do Legislativo, deputado estadual Junior Mochi (PMDB), decidiu que ele deve apresentar relatório da matéria em 24 horas. A proposta deve ser encaminhada para apreciação hoje.
A barreira criada pelo tucano irritou Siufi, que se sentiu desmoralizado diante de um grupo de aproximadamente 200 profissionais que aguardavam a aprovação do aumento. Para o peemedebista, Beto fez a manobra de propósito por falta de afinidade com o recém-chegado à Casa de Leis. Vale ressaltar que já estava acordado com os demais a votação da matéria ontem.
Imediatamente, o grupo de farmacêuticos e Siufi foram para a Governadoria falar com Azambuja. Mas como o chefe do Executivo estadual estava cumprindo agenda no interior, ele comunicou os fatos ao subsecretário de Relações Institucionais do governo Alessandro Menezes.
O parlamentar vai marcar uma agenda com o governador para avisá-lo que não faz mais parte da sua base, porque não está tendo reciprocidade do grupo no quesito respeito.