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Política

Manifesto contra reeleição de presidente do Paraguai tem um morto em Assunção

01 abril 2017 - 12h47

Um jovem de 25 anos, líder da Juventude Liberal do distrito de La Colmena, no departamento de Paraguarí, morreu baleado na cabeça durante protestos no Paraguai, após o Senado aprovar, na noite desta sexta-feira (31), a reeleição presidencial. O tiro teria sido disparado por um policial, informa a imprensa paraguaia.

O rapaz foi baleado logo após a polícia invadir a sede do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), na capital Assunção. O jovem foi identificado como Rodrigo Quintana, presidente da Juventude Liberal de La Colmena.

Segundo testemunhas informaram aos portais “ABC” e “Ultimahora.com” policiais invadiram o prédio e forçaram as pessoas a se deitarem no chão. Um policial atingiu Quintana com ao menos um tiro. O jovem foi levado ao Hospital de Traumas, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

A senadora Desirée Mais disse ao ABC que Quintana tinha mais de um ferimento a bala no corpo e que várias pessoas foram agredidas. A morte de Quintana também foi confirmada por Efraín Alegre, presidente do PLRA, à agência de notícias EFE. “Policiais invadiram a sede do partido de forma bárbara e dispararam contra manifestantes. Alguns foram atingidos e estão gravemente feridos”, afirmou.

Testemunhas disseram ainda que vários integrantes estavam se reagrupando após os protestos e fugiram para a sede do PLRA por causa da truculência da polícia nas ruas.

O senado do Paraguai, dominado por partidários do presidente Horacio Cartes, aprovou a reeleição presidencial nesta sexta, o que deflagrou incidentes entre opositores e a polícia. Manifestantes conseguiram entrar no prédio do Congresso, que fica no centro histórico de Assunção. A polícia disparou balas de borracha, e os manifestantes colocaram fogo no prédio. O canal Telefuturo transmitiu a confusão em frente ao Parlamento.

Durante as primeiras horas de manifestações, 12 pessoas ficaram feridas. Os protestos mais violentos tiveram início na tarde de sexta, na Praça de Armas, ao lado do Congresso paraguaio, edifício atacado pelos manifestantes.

Ponte da Amizade

Um grupo de manifestantes fechou a Ponte da Amizade na noite desta sexta, após o Senado paraguaio aprovar uma emenda constitucional que permite a reeleição do presidente no país. A ponte entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este é a principal ligação entre o Brasil e o Paraguai.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que monitora o tráfego de veículos no lado brasileiro, a interdição da ponte é total, ou seja, os carros não podem fazer a travessia em nenhum dos dois sentidos. Não há previsão para que o trânsito seja liberado no local, conforme confirmou o G1.

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