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Política

Eliseu Padilha pede licença do governo para cirurgia

24 fevereiro 2017 - 12h54Por G1

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu licença do governo para fazer uma cirurgia da retirada da próstata, segundo o jornal Folha de S.Paulo. A informação foi confirmada pela TV Globo. Ele viajou para Porto Alegre (RS), onde mantém residência, e deve fazer o procedimento neste fim de semana.

A assessoria do ministro informou que ele está de atestado médico desde segunda-feira (20), quando foi hospitalizado em Brasília. A licença médica vence no dia 6 de março, quando ele deve retornar ao Palácio do Planalto, segundo a assessoria.

Padilha passou dois dias internado em um hospital de Brasília por conta de uma obstrução urinária provocada por uma hiperplasia prostática benigna, que gera aumento excessivo da próstata. Ele recebeu alta na manhã de quarta-feira (20).
Eliseu Padilha tem 71 anos e é um dos principais conselheiros do presidente da República, Michel Temer. À frente da Casa Civil, ele integra o chamado núcleo duro do governo e atua diretamente na articulação política do Palácio do Planalto.

Hiperplasia prostática

Depois dos 40 anos, é comum que o homem tenha a hiperplasia benigna da próstata, um crescimento da próstata sem implicações graves, mas que pode comprometer a qualidade de vida.

A próstata aumentada pode estreitar a passagem da urina, o que pode dar vontade de ir ao banheiro a todo momento e até atrapalhar o sono do paciente.

Esse problema pode ser apenas acompanhado, tratado com medicamentos (finasterida ou dutasterida) ou, em alguns casos, até cirurgia. Nos casos em que a próstata cresce, mas não causa problemas, o homem deve fazer exames de toque retal e PSA anualmente.

Yunes cita Padilha

O afastamento ocorre no momento em que o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que recebeu um envelope em 2014 a pedido de Eliseu Padilha.

Em entrevista ao blog da Andréia Sadi, por telefone, Yunes disse que o "envelope" foi deixado em seu escritório por Lúcio Funaro, doleiro que hoje está preso pela Lava Jato e que ele diz que não conhecia.

Em depoimento à Operação Lava Jato, o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, disse que o escritório de Yunes foi usado para repasse de dinheiro ao PMDB via Eliseu Padilha. Os pagamentos haviam sido acertados em uma reunião no Palácio do Jaburu do qual participaram Marcelo Odebrecht, Padilha e Temer.

Na entrevista ao blog, Yunes afirmou disse não saber que havia dinheiro no envelope, e avaliou que serviu de "mula" para Padilha. O ex-assessor de Temer disse que Funaro comentou que estava fazendo campanha para mais de 100 deputados, entre eles o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que também está preso.

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