Afastamento inicial era por 60 dias, porém a Justiça determinou a prorrogação por tempo indeterminado
Os treze funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra indiciados na Operação Tellus, desencadeada pela Polícia Federal, estão afastados por tempo indeterminado pela Justiça.
A Polícia Federal prendeu nove pessoas que trabalhavam no Incra. Delas, oito eram funcionários de carreira e apenas uma, o superintendente regional Waldir Cipriano Nascimento ocupava cargo de confiança, por indicação.
Os outros presos foram Hélio Pereira da Rocha, superintendente regional substituto e ex-chefe da Unidade Avançada de Dourados; Oscar Francisco Goldbach, chefe da Unidade Avançada de Dourados, que é lotado em Campo Grande; Mário Jorge Vieira de Almeida, chefe substituto da Unidade Avançada de Dourados; Roselmo de Almeida Alves, ex-chefe da Unidade Avançada de Dourados; José Mauro da Silva; Natal Donizete Gabeloni, Aparecido Fernandes Pereira e Olice Vasques Lopes.
Todos eles já estão em liberdade, mediante pagamento de fianças que, em alguns casos, chegou a R$ 20 mil, mas foram afastados de suas funções no Incra por decisão da Justiça, inicialmente por 60 dias. Posteriormente a Justiça decidiu em mantê-los afastados, prorrogando o prazo por tempo indeterminado, até que haja a conclusão do processo.
Mais afastamentos
Mais quatro funcionários do Incra foram afastados por determinação judicial. O procurador federal e ex-procurador regional do Incra, Alípio Miranda dos Santos (que alguns dias antes de ser indiciado entregou seu cargo); o ex-chefe da Divisão de Desenvolvimento (setor que opera os créditos e a regularização dos lotes), Paulo Roberto Lucca; o ex-chefe da Divisão de Obtenção de Terras do Incra no Estado, Nelson José Pauletto; e o técnico agrícola Antonio Batista dos Santos.
As informações dão conta que os treze citados pelo Douranews foram afastados por determinação do Ministério Público Federal.
As prisões
As prisões ocorreram no dia 30 de agosto em várias cidades do Mato Grosso do Sul e uma de São Paulo. Na ocasião forma presas sete pessoas em Dourados, quatro em Itaquiraí, três em Campo Grande. Nas cidades de Naviraí, Ivinhema, Nova Andradina, Batayporã, e outro em Angélica, além de Cosmorama, no interior de São Paulo, aconteceram as prisões de uma pessoa em cada local.
Dentre os presos estavam dois vereadores de Itaquiraí: Joel José Cardoso (PDT), presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Arcélio Francisco José Severo (PDT), um empresário de Dourados e outro de Angélica.
