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Polícia

Traficante afirma ter subornado policiais brasileiros para "ficar em paz"

03 dezembro 2010 - 10h53Por Redação Douranews

O brasileiro Jarvis Pavão,que se encontra preso na Penitenciária Nacional de Tucumbu, em Assunción, no Paraguai e é apontado como o chefe da quadrilha de traficantes investigada pela Operação Matriz, da Polícia Federal, concedeu entrevista a jornais paraguaios, onde diz ter pago propina a policiais federais brasileiros e que a inclusão de seu nome na operação é perseguição.

Desde dezembro de 2009 Pavão está preso no Paraguai, sendo requerido pela Justiça brasileira, sendo considerado um dos maiores traficantes do país vizinho. Na entrevista ele afirma ter subornado policiais federais brasileiros para que o deixassem em paz e reafirma não ter nada que o incrimine na Operação Matriz.

“Eles não têm elementos para me acusar, então, agora inventam isso para dilatar minha detenção, que considero que é uma perseguição”, afirmou. “Durante vários meses [em 2003] paguei à Polícia Federal de Ponta Porã US$ 5 mil para que me deixassem em paz”.

“Na primeira vez entreguei US$ 20 mil e depois as cinco parcelas [de US$ 5 mil], mas como não acontecia nada e a perseguição era mais intensa contra minha pessoa e família, falei com o policial que retirava o dinheiro e pedi para falar com o chefe, mas este nunca me deu respostas, pelo que cortei o pagamento”.

“Eu tinha anotado em uma agenda o nome do agente [da Polícia Federal] e o valor que era entregue, essas anotações foram encontradas pelas autoridades durante a verificação de minha casa em Ponta Porã”, apontou Pavão, afirmando que, por conta disso, policiais foram remanejados a outras delegacias.

“Hoje em dia, qualquer coisa que acontece aqui e no Brasil é obra do Jarvis. Até se diz que eu controlo alguns negócios por satélite, a partir da prisão. É a maior mentira que existe. É uma invenção sobre a minha pessoa. Se a realidade é assim, por que a SENAD não impede? Não impede porque isso é uma farsa”.

Pavão afirmou, ainda, que “como sinal de que poderiam fazer qualquer coisa contra mim, mataram meu gato, esquartejaram e puseram seu coração sobre uma mesa e, dentro de uma geladeira, deixaram um escrito em português, que dizia que era um sinal do que podia acontecer comigo”.

Juntamente com o também brasileiro Erineu “Pingo” Sóligo e com o paraguaio Carlos Antonio Caballero (Capilho), Pavão encontra-se em vias de extradição ao Brasil, em processo que pode culminar ainda no mês de dezembro. Do lado de cá da fronteira, Pavão tem antecedentes por narcotráfico em Santa Catarina.

(Com informações do sopabrasiguaia.com.br)