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Empresário de Dourados é um dos presos pela "Operação Deserto" da Polícia Federal

17 novembro 2010 - 19h44Por Redação Douranews
A Operação Deserto, desencadeada na manhã de hoje pela Polícia Federal cumpriu 50 mandados de prisão e 38 de apreensão. Um dos presos, segundo informações da Polícia Federal, é um empresário douradense que atua no ramo de tintas e reside no Jardim Guanabara.

De acordo com a PF, os agentes chegaram a Dourados ontem à noite, e na madrugada de hoje deram prosseguimento à operação, prendendo o acusado, além de apreender diversos materiais na casa do empresário, na empresa e em outro lugar que não foi divulgado.

Foram apreendidos diversos veículos, motocicletas e documentos, atendendo ao determinado por um juiz do Estado de São Paulo.

As investigações vinham sendo efetuadas há 18 meses, sendo presas 21 pessoas em flagrante e apreendidas 2 toneladas e 350 quilos de cocaína; grande quantidade de produtos químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração de drogas; armas e munições, incluindo armamento bélico - 10 granadas anti-tanque; 33 veículos; uma aeronave avaliada em R$ 250.000,00; e aproximadamente 500 mil reais.

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Uma aeronave com 250 kg de cocaína foi apreendida no Rio Grande do Sul

Ainda segundo a Federal, a atividade da organização criminosa envolvia desde a internação no Brasil da cocaína proveniente da Bolívia até sua remessa para a Europa e África, e contava, ainda, com a distribuição em menor escala da droga no mercado interno do tráfico.

Células

Aquadrilha trabalhava de forma organizada, em quatro células que, de maneira permanente e coordenada, articulavam-se na tentativa de garantir o sucesso da empreitada. A primeira célula é formada pelos fornecedores da cocaína na Bolívia, local de armazenamento até que houvesse a remessa para o Brasil. Dois irmãos colombianos residentes em Santa Cruz de La Sierra atuavam intensamente nessa fase. A segunda célula é constituída pelos compradores da droga, traficantes brasileiros e estrangeiros, com atuação concentrada nos grandes centros, especialmente na cidade de São Paulo/SP.

A terceira célula coordenava os negócios do grupo no Brasil e tinha como gerente o investigado que, sob o pretexto de atuar como advogado e assessor parlamentar na região de São José do Rio Preto/SP funcionava, na verdade, como homem de confiança dos irmãos colombianos que chefiam o grupo. A quarta e última célula é integrada pelos intermediários, uma verdadeira rede de colaboradores, componentes da engrenagem necessária para que o ciclo do narcotráfico internacional pudesse ser completado, o que envolvia o transporte aéreo e terrestre da cocaína e a guarda do entorpecente antes da efetiva entrega a compradores.

Os presos serão indiciados, de acordo com suas participações, pelos crimes de tráfico internacional de cocaína, precursores químicos e maquinários destinados à preparação e adulteração da droga; associação para o tráfico; financiamento do crime de tráfico; e tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito.