De acordo com o delegado João Reis Belo, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), responsável pelas investigações do caso, cerca de quatro testemunhas do assassinato já foram ouvidas e, após relatos do acusado de disparar os tiros que mataram o vereador, outro homem foi preso por ser o contratante dos pistoleiros. Segundo o delegado, o terceiro acusado é cunhado do homem que disparou contra o vereador.
A ação
Os policiais que prenderam os assassinos, investigadores Adilson Rodrigues da Costa e Ângelo Eduardo Além, afirmam que estavam em horário de almoço passando com uma viatura descaracterizada próximo ao local onde o crime foi efetuado. “Enquanto passávamos pelo local ouvimos três disparos e logo avistamos o homem correndo em direção à motocicleta que espera a cerca de 40 metros do local do assassinato”, conta o investigador Adilson. Devido à resistência à prisão, os policiais tiveram que disparar contra os criminosos que foram capturados. “Após isso nós solicitamos o apoio do Garras para conduzir os presos até a delegacia”, explica.
Os dois criminosos presos em flagrante afirmaram aos policiais que trabalham de pedreiros e se conheceram há pelo menos oito meses em uma construção onde trabalharam juntos. O homem que aguardava na motocicleta enquanto o outro efetuava o crime diz que não soube com antecedência de que a “carona” se tratava de uma ação criminosa. “Ele me ligou chamando para dar uma carona e eu receberia só a quantia que gastasse com gasolina”, afirmou o acusado.
Todos os três envolvidos no crime são residentes em Campo Grande e só o homem que efetuou os disparos tem passagem pela polícia por porte de documentos falsificados.
Investigação
A Polícia Civil trabalha com os depoimentos colhidos dos acusados e de testemunhas. Conforme o delegado Reis, os criminosos já teriam visitado o município de Alcinópolis na tentativa de matar o vereador, porém, segundo ele, o município é pequeno e não disponibiliza de rotas facilitadas de fuga. Para o crime efetuado na Capital, o acusado receberia a quantia de R$ 20 mil, deste montante já teria recebido antecipado o valor de R$ 3 mil.
Segundo o delegado, há pelo menos dois meses há tentativas de assassinar o vereador. Para os policiais o acusado afirmou ter pensado em desistir do crime, porém como já “sabia demais” e já havia recebido pagamento, não seria mais possível a desistência. Também em depoimento para a polícia o acusado pelo crime informou não saber quem seria o mandante, só o que foi repassado foram as informações de seu cunhado que nega qualquer envolvimento no caso.
Segundo o delegado Jefferson Nereu Luppe, assessor de Comunicação da Polícia Civil, todas as investigações do caso já estão em andamento e a partir de trabalho em conjunto com a Polícia Civil de Alcinópolis dará prosseguimento no inquérito, caso haja alguma ocorrência que ligue os criminosos a alguém do município. Por enquanto todos os acusados negam saber quem seria o mandante do crime.
