O fato de o empresário Fahd Jamil Georges, de 79 anos, ter se apresentado à Polícia na manhã desta segunda-feira (19), em Campo Grande, depois de 10 meses como fugitivo da Polícia, não mudou a situação do filho, Flávio Correa Jamil Georges, o “Flavinho”, de 38 anos, que continua foragido.
Pai e filho são representados por bancas diferentes de advogados, contratados em São Paulo. O filho do “Patrão da Fronteira”, como é chamado o empresário Fuad Jamil, ainda não teria sido orientado sobre o fato de se apresentar à polícia. A mesma pergunta foi feita aos defensores que negociaram a apresentação do patriarca da família, para saber se existia previsão de entrega conjunta dos dois procurados.
Ele é alvo de três ações criminais derivadas da Omertà, por formação de organização criminosa, milícia armada, à qual chefiava junto com o pai segundo as investigações, por corrupção, e por último como mandante do assassinado do chefe de segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins de Figueiredo, ocorrida em 11 de junho de 2018.
A ação pela execução, que corre na 2ª Vara do Tribunal do Júri, é de fase mais adiantada, de audiência para ouvir testemunhas. A próxima sessão está marcada para o dia 20 de maio, conforme repercute o site Campo Grande News.
Segundo a investigação da força-tarefa da Omertà, a morte do segurança Figueiredo foi encomendada pelos Georges para vingar o desaparecimento de "Danielito", Daniel Correa Jamil Geoges, um dos filhos do empresário, sequestrado em 2011, e só em 2019 dado como morto.
Veja a carta entregue por Fuad após se apresentar à Polícia:
