As autoridades portuguesas enviaram um comunicado esclarecendo que quatro detidos declararam ser empresários, enquanto o quinto afirma ser investigador da polícia civil, no Brasil. Eles têm idade entre 19 e 49 anos.
Na declaração da carga estava especificado um carregamento de gesso, mas na verdade, de uma forma sofisticada, eram sacos contendo a cocaína.
Essa foi a maior quantidade de droga apreendida pela polícia portuguesa nos últimos cinco anos. Segundo os policiais, o modus operandi da quadrilha pode ser considerado "complexo" e "muito difícil de ser detectado".
O Policial
O agente da Polícia Civil de São Paulo, no Brasil, conhecia bem os passos das autoridades portuguesas e, por isso, era fundamental para a rede criminosa. No último final de semana, juntamente com mais quatro empresários, conseguiu levar para Portugal quase duas toneladas de cocaína. O valor do produto, em elevado estado de pureza, passa de 20 milhões de euros.
O grupo fez entrar a droga - proveniente da Colômbia - através do porto de Leixões. Foram seguidos até um armazém no Montijo, de onde a droga seguiria para Espanha, para comercialização em países de toda a Europa. O esquema incluiu a criação de duas empresas: uma fábrica de gesso e outra de transporte de mercadorias, destinada a receber a droga, que chegou dissimulada em placas de gesso.
"Começamos a investigação logo após a criação das empresas. Só um dos detidos morava em Portugal. O investigador brasileiro aproveitou para trazer a mulher e declarou passar férias em Portugal", disse Ricardo Macedo, coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária portuguesa. O líder, um empresário de 49 anos, também foi preso. Foram ainda apreendidos trinta mil euros.
