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Polícia

Madrasta é condenada a 17 anos de cadeia por matar filho de lutador

11 março 2020 - 12h59

O Tribunal do Júri condenou, em sessão de julgamento que durou cerca de 15 horas nesta terça-feira (10), em Dourados, Jéssica Leite Ribeiro, de 24 anos, a 17 anos e cinco meses de prisão pela morte do enteado, o bebê Rodrigo Moura Santos, e colocou em liberdade o lutador Joel Rodrigo Ávalo dos Santos, de 28 anos, pai da criança.

Os jurados foram a favor da tese adotada pelo Ministério Público e responsabilizaram a jovem por homicídio doloso por meio cruel, com o agravante de ter sido cometido contra uma vítima menor de idade. O pequeno Rodrigo, que na época do crime tinha 1 ano e meio, estava sob os cuidados da madrasta quando morreu, na manhã de 16 de agosto de 2018.

Ele foi atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) com hematomas na cabeça, trauma no tórax e laceração no fígado. Uma semana após a morte, Jéssica confessou que a criança chorava muito naquele dia e por isso apertou “com força” a barriga dele, primeiro com as mãos e depois com os joelhos, por acreditar que ele estava com “prisão de ventre”.

Ela também confessou ter pisado “sem querer” nas costelas do menino quando se levantou da cama e disse ter apertado o pescoço de Rodrigo na tentativa de reanimá-lo, conforme relembra reportagem do Campo Grande News.

Já o pai da criança foi condenado a 1 ano e 15 dias de prisão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, omissão e negligência, pois deixava a criança aos cuidados da mulher, mesmo sabendo das agressões. Como ele já está preso há 1 ano e 6 meses, o entendimento dos jurados foi de que a pena já foi cumprida e ele será colocado em liberdade.