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Polícia

Juíza não autoriza cremação de corpo de ex-miliciano no Rio

12 fevereiro 2020 - 16h06

A Justiça do Rio proibiu, nesta quarta-feira (12), a cremação do corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega. O pedido de cremação havia sido feito pela família do ex-policial. Para cremar qualquer corpo de morto por causas violentas, é necessária autorização judicial, publica o portal do G1. A cerimônia estava prevista para as 10 horas locais desta quarta no Crematório do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio.

Na decisão, a juíza do plantão judiciário, Maria Izabel Pena Pieranti, diz que "não se encontram preenchidos os requisitos previstos na Lei de Registros Públicos (lei 6.075/1973)". Segundo a juíza, não constam no pedido documentos imprescindíveis para a cremação, como a cópia da Guia de Remoção de Cadáver e o Registro de Ocorrência. A juíza reitera, ainda, que Adriano não morreu de causas naturais e que, segundo consta da certidão de óbito, ele sofreu anemia aguda e politraumatismo causados por instrumento perfuro-cortante.

Rota de fuga

No Jornal Nacional desta terça-feira (11), a TV Globo mostrou os esconderijos e a rota de fuga do miliciano, até ser baleado e morto por policiais em Esplanada, município da Bahia. Ex-capitão do Bope (o Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar fluminense, Nóbrega era suspeito de comandar um grupo que cometeu dezenas de homicídios: o Escritório do Crime.


Expulso da corporação por envolvimento com o jogo do bicho, o Capitão Adriano (como era conhecido) foi homenageado, mais de uma vez, pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), hoje senador. Antes de ser morto na operação, Nóbrega estava foragido há mais de um ano ao ser alvo de mandado de prisão expedido em janeiro de 2019.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que o ex-capitão do Bope passou a ser monitorado por equipes do órgão a partir de informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Segundo informações da pasta, Adriano foi localizado em um sítio de um vereador do PSL de Esplanada. Na segunda-feira (10), a Corregedoria-Geral da Secretaria de Segurança Pública da Bahia abriu investigação sobre as circunstâncias da morte do miliciano.

O advogado de Nóbrega, Paulo Emílio Cata Pretta, disse acreditar que o ex-capitão da PM foi vítima de "queima de arquivo" e revelou que ele já temia ser assassinado. Para o secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa, a versão é "estapafúrdia".

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