Um preso da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) está na mira da operação ‘Cravada’, deflagrada nesta terça-feira (6) pela Polícia Federal no combate ao núcleo financeiro da fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ao todo, são cumpridos 30 mandados de prisão e 55 mandados de busca e apreensão em ação que é coordenada pela PF do Paraná.
A operação atinge, além de Dourados em Mato Grosso do Sul, os estados do Paraná, São Paulo, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. Dos 30 mandados de prisão, oito são cumpridos em presídios, em Dourados, três em São Paulo e mais quatro Paraná. Foram bloqueadas 400 contas bancárias suspeitas no Brasil.
De acordo com o setor de comunicação da Federal, a investigação começou em fevereiro, a partir de informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa estabelecido na Penitenciária Estadual de Piraquara (PR). O núcleo, responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a facção em âmbito nacional, controlava os pagamentos das ‘rifas’ que eram repassados ao PCC por meio de contas bancárias e de maneira intercalada, recurso para dificultar o rastreamento. A investigação indica a circulação de aproximadamente R$ 1 milhão por mês nas diversas contas utilizadas.
Esses valores, controlados pelo núcleo financeiro do PCC, transitavam entre as contas que foram bloqueadas e eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de custear transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização criminosa em locais próximos a presídios. No mês de junho, a PF de Campo Grande fez operação em seis casas de apoio à facção.
O nome da operação – Cravada - faz referência a uma jogada de xadrez em que uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco e a ação envolve 180 policiais federais.
