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Polícia

Dono da cerveja Itaipava é procurado em operação Lava Jato

31 julho 2019 - 12h23Por G1

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a 62ª fase da Operação Lava Jato. Esta nova etapa mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis. A TV Globo apurou que o presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, é um dos alvos. Segundo a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.

De acordo com a PF, foram expedidos um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Até as 8h45 desta terça-feira, três pessoas tinham sido presas. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), as investigações apontam que Walter Faria e outros executivos do Grupo Petrópolis atuaram na lavagem de cerca de R$ 329 milhões de reais em contas fora do Brasil.

O grupo Petrópolis é dono de marcas de cerveja como Itaipava, Crystal, Lokal e Petra, além do energético TNT. O grupo tem sete fábricas em cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso. A suspeita, segundo a PF, é que, em troca, ‘offshores’ relacionadas ao Grupo Odebrecht no exterior realizavam transferências de valores para o Grupo Petrópolis fora do Brasil.

Segundo delação de um executivo da Odebrecht, a construtora utilizou o Grupo Petrópolis para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014. Em setembro de 2017, Walter Faria entregou à Polícia Federal planilhas com informações sobre repasses da empresa a políticos a pedido da Odebrecht. Estas doações resultaram em uma dívida de R$ 120 milhões da Odebrecht com a cervejaria. Em contrapartida, a Odebrecht investia em negócios do grupo.