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Polícia

Barbosinha diz que Moro ignora MS ao tratar de segurança na fronteira

06 junho 2019 - 12h33

O deputado estadual Barbosinha (DEM), líder do governo na Casa de Leis, abordou na manhã desta quarta-feira (5), da tribuna, a visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, realizada terça-feira (3), à cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, vizinha da brasileira Ponta Porã.

“Lamento que o ministro de Justiça tenha vindo ao país vizinho e deixado o Estado de Mato Grosso do Sul fora destas discussões que envolvem a segurança pública na região. Como é possível discutir este assunto sem integrar o Estado nisso? Só falta fazer uma visita fechada ao Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras [Sisfron], em Dourados, como foi feita pelo ministro anterior. A impressão que temos é que não há relação de confiança construída nas bases da nação”, avaliou o parlamentar.

“É evidente que estes problemas são históricos, mas a minha preocupação é que continuem a se repetir e se perpetuem, pois aqui no Estado, além de combatermos o crime, que é resultado do tráfico, também temos como subprodutos os presos que ficam em nossos estabelecimentos prisionais. Estamos então sempre investindo nas forças de segurança. Mato Grosso do Sul faz o enfrentamento das drogas e é maltratado pela União, que insiste em jogar o problema das drogas e dos presos para o Estado”, desabafou.

O deputado Cabo Almi (PT) considerou que a visita poderia ser mais institucional. “Já que o ministro de Justiça representava o Governo Federal, qual foi o objetivo desta visita no Paraguai? Questões práticas precisam ser resolvidas, é necessário tratativas para acabar com a violência em Mato Grosso do Sul, já que por aqui passa um grande volume do tráfico de drogas do país. O ministro Sérgio Moro repetiu o que outros ministros da Justiça fizeram anteriormente. Que isso não seja tradição. Há um descaso histórico da União com a fronteira e com o nosso Estado”, ressaltou.

O deputado Marçal Filho (PSDB) também falou da questão dos presos provenientes dos crimes do tráfico de entorpecentes. “Essa questão é absurda. Se o governo do Estado repartisse os presos com o Governo Federal, dividindo responsabilidades. Tenho vergonha da situação do Sisfron, em que ficamos vislumbrados, mas não está garantido na rubrica até hoje”, registrou.

O deputado Capitão Contar (PSL) enumerou alguns dados sobre a visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao país vizinho. “Uma missão institucional é apartidária e eu faço um apelo a vocês para que falem com os deputados federais de seus partidos, mesmo que não sejam do PSL, para a aprovação do Projeto de Lei Anticrime”, adiantou.

O deputado Professor Rinaldo (PSDB) acredita que o ministro Sérgio Moro está empenhado em trazer soluções para a segurança pública do País. "Estou na expectativa que ainda teremos pela frente respostas positivas em relação ao Estado que cuida de quase metade da população carcerária federal oriunda do tráfico de drogas e armas", destacou.