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Polícia Federal prende falso agente que integrava máfia dos cigarros

26 fevereiro 2019 - 12h17

A PF (Polícia Federal) cumpre um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (26) em Dourados, na segunda fase da Operação Nepsis que visa, conforme nota distribuída, colher elementos de prova e prender um homem que se passava falsamente por policial federal para cobrar propinas de integrantes de organização criminosa desmantelada na primeira fase da operação realizada em setembro do ano passado.

A organização criminosa investigada formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul, a qual se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar do estratagema criminoso.

Nesse cenário de corrupção policial sistêmica, o preso identificou a oportunidade de se passar por agente de Polícia Federal e ‘vender informações’ aos chefes da “máfia dos cigarros” sobre possíveis operações policiais, recebendo valores em nome de uma equipe inexistente de policiais federais fictícios, bem como em nome de membros do Poder Judiciário. “Há registros de solicitação de pagamentos no valor de um milhão de reais para prejudicar o andamento de uma suposta operação policial”, diz a nota.

Além disso, o falso policial atuava auxiliando no escoamento logístico dos cigarros contrabandeados, prestando serviços de contravigilância, ou seja, favorecendo o monitoramento pela organização criminosa da fiscalização policial nas rodovias. O preso foi indiciado pelos crimes previstos no artigo 2º da lei 12.850/2013 (Organização Criminosa) e 332 do Código Penal (Tráfico de Influência).

Segundo a mitologia grega, “Nepsis” significa vigilância interior, estado mental de atenção plena. A operação foi assim batizada em alusão à vigilância necessária para se combater as sofisticadas atividades criminosas ligadas ao contrabando e à vigilância em relação à própria atividade de fiscalização estatal para conter a corrupção de servidores públicos, informou a PF.