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Polícia

Federal cumpre mais mandados contra o tráfico internacional de drogas em MS

15 maio 2018 - 11h19

A PF (Polícia Federal) cumpre, na manhã desta terça-feira (15), mais 26 mandados judiciais expedidos pela 23ª Vara Federal de Curitiba. Há 18 de busca e apreensão, cinco de prisão preventiva e três de prisão temporária. Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e em São Paulo, na operação ‘Efeito Dominó’ como desdobramento da Lava Jato.

Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, delator da Lava Jato, é um dos presos juntamente com outras sete pessoas envolvidas nos crimes de lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.

Batizada de Efeito Dominó, a ação é um desdobramento da Operação Spectrum, deflagrada em 2017. Na ocasião, Luiz Carlos da Rocha – o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes da América do Sul, segundo a PF – foi preso em Sorriso/MT, depois de vários anos ludibriando as autoridades.

Ceará atuava na Lava Jato com o doleiro Alberto Youssef e firmou acordo de delação premiada com a PGR (a Procuradoria-Geral da República). O acordo foi homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A PF disse que vai avisar as duas instituições para que avaliem a rescisão do acordo.

Ceará foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, em João Pessoa. Como delator da Lava Jato, ele mencionou os políticos Fernando Collor de Mello, Aécio Neves, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues, que seguem sendo investigados.

Estrutura

De acordo com a PF, a investigação policial apontou uma "complexa e organizada estrutura" destinada à lavagem de recursos provenientes do tráfico internacional de entorpecentes.

A estratégia da operação, conforme a PF, é baseada na ligação de interesses das atividades ilícitas dos "clientes dos doleiros" investigados. Até o momento, a Polícia Federal não havia dito quem são esses "clientes", nem o ramo de atuação.

De um lado, havia a necessidade de disponibilidade de grande volume de reais em espécie para o pagamento de propinas, segundo a PF. Do outro, de acordo com a PF, traficantes internacionais, como Cabeça Branca, tinham disponibilidade de recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para fazer as transações internacionais com fornecedores de cocaína. Com informações do G1