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Polícia

Guarda municipal é preso suspeito de envolvimento em homicídio, outros dois foram afastados das funç

16 março 2018 - 14h03Por Aline Pavaneli/G1

O guarda municipal Michael de Souza Garcia, de Londrina, no norte do Paraná, foi preso no início da noite desta quinta-feira (15) por suspeita de envolvimento na morte de Matheus Ferreira Evangelista, de 18 anos. A Justiça determinou o afastamento de outros dois agentes de suas funções.

O crime aconteceu na madrugada do último domingo (11), na zona norte da cidade. Pela versão dos guardas, eles foram atender a um chamado de perturbação ao sossego em uma festa e encontraram o jovem baleado. Em seguida, os agentes levaram o jovem no carro da corporação a um hospital, onde ele morreu.

Os três investigados já estavam afastados das ruas e faziam apenas serviços administrativos.

A prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, foi determinada nesta quinta-feira (15) pela juíza Elisabeth Kather, da 1ª Vara Criminal de Londrina, após pedido da Delegacia de Homicídios.

De acordo com o despacho, em depoimento, testemunhas afirmaram que dois disparos de arma de fogo foram feitos depois que a equipe da Guarda Municipal (GM) chegou ao local.

"Foram colhidos depoimentos de testemunhas do caso e estas forneceram uma descrição do autor dos disparos, sendo que tal descrição é compatível com as características da pessoa de Michael de Souza Garcia", diz um trecho da decisão.

Ainda conforme a ordem judicial, a prisão temporária tem como objetivo evitar o temor de testemunhas de contribuir para o esclarecimento do caso.

“Sendo que o investigado, aparentemente, retornou ao local dos fatos para recolher provas do crime e intimidar os moradores da região”, argumenta Kather.

Segundo a decisão, para não prejudicar as investigações, os outros dois guardas municipais que participaram da ação devem ser afastados das funções públicas, o acesso deles aos sistemas de informática da GM deve ser bloqueado, assim como o acesso deles a qualquer edifício da corporação deve ser proibido.

Os investigados também estão proibidos de portar armas de fogo, incluindo particulares.

Ao G1, a defesa de Michael de Souza Garcia disse ainda não teve acesso à integra do inquérito policial, mas afirma que o cliente não fez disparos de arma de fogo no dia da ocorrência.

Ainda segundo o advogado, Garcia entregou a arma de fogo da corporação espontaneamente à polícia.