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Polícia

Concessionárias de rodovias são alvo de nova operação Lava Jato

22 fevereiro 2018 - 11h28

A (PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (22) a 48ª fase da Operação Lava-Jato, a primeira de 2018. Os policiais federais focam desta vez em um esquema na área de concessão de rodovias. Agentes estão nas ruas para cumprir sete mandados de prisão temporária e outros 50 de busca e apreensão.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), a empresa favorecida seria a concessionária Econorte, do Grupo Triunfo. Segundo os procuradores, a empresa distribuía parte dos valores obtidos pelo pagamento de tarifas pelos usuários para empresas de fachada. Teria usado estratégias contábeis para aumentar despesas operacionais com o objetivo de maquiar o alto preço das tarifas e desviar uma fração dela para integrantes do esquema.

Em uma das trocas de e-mails obtidas pela investigação, um dos servidores acusados recebeu um quadro que demonstrava que a tarifa cobrada pela Econorte era mais de quatro vezes maior no Paraná do que a cobrada pela mesma empresa em Goiás.

"Há indicativos que o esquema se repete em outros estados que possuem rodovias administradas pela mesma empresa, como também há suspeitas de que as fraudes abrangem outras concessionárias no Paraná", afirma o MPF.

Os agentes apuram casos de corrupção na concessão de rodovias federais do Paraná que integram o Anel da Integração. A operação ocorre em quatro estados: Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio. Membros da Receita Federal e o Ministério Público Federal também participam da ação. As cidades em que mandados estão sendo cumpridos são Londrina, Curitiba, Jataizinho, Paranavaí, Balneário Camboriú, Rio de Janeiro e São Paulo.

A última operação da força-tarefa do Paraná havia sido deflagrada em novembro de 2017. A nova ação investiga crimes de corrupção, fraude a licitação e lavagem de ativos. Os investigadores descobriram o uso de estruturas de lavagem de dinheiro para repassar recursos ilícitos a agentes públicos, sobretudo por meio dos operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran.

Uma das concessionárias usou os serviços de Assad e de Tacla Duran para ocultar e dissimular valores de atos de corrupção. Os pagamentos ilícitos envolvem agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Departamento de Estradas de Rodagem no Paraná (DER/PR) e da Casa Civil do Governo do Estado do Paraná. Com reportagem do jornal OGlobo