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Polícia

Ex-comparsa e atual rival de Nem, Rogério 157 ficará preso na mesma penitenciária

18 janeiro 2018 - 13h55Por G1/Rio

Arquirrivais na guerra pelo comando do tráfico na Rocinha, a maior favela carioca, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, e Antônio Bonfim Lopes, o Nem, voltarão a ocupar o mesmo território. Em decisão tomada na terça-feira (15), a 20ª Vara Criminal do Rio de Janeiro determinou que Rogério, preso em Bangu, seja transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, mesma unidade onde Nem se encontra desde 2011.

Rogério 157 era o bandido mais procurados do Rio de Janeiro, com recompensa estipulada em R$ 50 mil. Ele foi preso em dezembro na comunidade do Arará, na Zona Norte do Rio, após quase três meses de intensas buscas pelo seu paradeiro.

Atualmente, Rogperio está na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, unidade de segurança máxima no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Ainda não há data prevista para ele ser transferido.

Antes parceiros de crime, Rogério e Nem se tornaram rivais e foram os pivôs da guerra que o Rio viu surgir na Rocinha em setembro do ano passado, durante o primeiro final de semana do Rock in Rio.

Dissidente do bando de Nem, o Amigos dos Amigos (ADA), Rogério se aliou ao Comando Vermelho (CV) e passou a contar com o apoio da facção para a guerra.

A batalha sangrenta entre os grupos de cada um levou à realização de operações de segurança quase diárias, com o reforço das forças militares de segurança.

Nem e Rogério tiveram trajetórias semelhantes no mundo do crime. Ambos começaram a atuar no tráfico como segurança pessoal do líder do tráfico na Rocinha. Nem foi guarda-costas de Lulu da Rocinha, que conheceu em 2000. Após a morte de Lulu e de seu sucessor, Bem-Ti-Vi, Nem assumiu o comando em 2007. Rogério virou seu guarda-costas.

Mas, para chegar ao topo dessa hierarquia, Rogério 157 passou de braço direito a principal desafeto do ex-chefe.

Briga pelo poder

Mesmo preso desde 2011, Nem comandava o tráfico na região passando ordens para seu grupo. Rogério assumiu o comando em 2012 com a missão de ser o representante de Nem na Rocinha. Porém, em 2014, Rogério rompeu o acordo com Nem e passou a extorquir os moradores.

Segundo as investigações, Rogério 157 dividia a liderança do tráfico com Alberto Sant'anna, o Cachorrão, preso em novembro. Ele seria o cérebro da organização criminosa, enquanto Rogério era o braço armado do grupo.

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