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Polícia

Jovem achada morta após réveillon em Bertioga se enforcou, conclui polícia

16 janeiro 2018 - 13h59Por G1/Santos

A Polícia Civil descartou, na manhã desta terça-feira (16), que Gabrielly Teixeira de Oliveira Santos, de 20 anos, encontrada morta em um matagal na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no litoral de São Paulo, tenha sido vítima de um crime. A investigação também afastou qualquer envolvimento do namorado dela no caso.

O corpo de Gabrielly foi encontrado no último dia 6, com uma corda no pescoço, pendurada, mas não suspensa, no galho de uma árvore em um matagal no condomínio de luxo. A cena da ocorrência era atípica e fez a polícia desconfiar, inicialmente, que um suicídio poderia ter sido forjado para esconder um homicídio.

"Para nós, os fatos já estão esclarecidos, mesmo faltando ainda a remessa do laudo necroscópico. Toda a prova reunida na investigação aponta para o suicídio, incluídas, aí, as informações prévias recebidas do IML a respeito das lesões apresentadas pela vítima", diz o delegado Sérgio Nassur, responsável pelo caso.

Preliminarmente, os médicos legistas informaram a Nassur que Gabrielly morreu em decorrência de asfixia, e que não havia outra lesão pelo corpo. Inicialmente, havia a desconfiança de um trauma no crânio. O desaparecimento dela por seis dias, sem que qualquer pessoa acionasse a polícia, inclusive o namorado, intrigou.

"Já é possível cravar que não houve crime. A investigação aponta para a ocorrência de suicídio, sem sombra de dúvidas a esta altura. Não tenho mais nenhuma dúvida a respeito disso", afirmou o delegado. Sérgio Nassur também teve acesso a conversas obtidas pelo G1, que registram os últimos momentos da jovem.

"Quanto a tais áudios, são irrelevantes. Eu os ouvi, e não acrescentam nada à investigação do fato, salvo que a vítima passava por esse tipo de problema. Não é possível estabelecer qualquer ligação entre isso e a morte dela", afirmou o delegado, que ainda aguarda o laudo necroscópico para encerrar o caso.

O caso

Gabrielly ficou desaparecida por seis dias, mas o namorado, conhecidos e familiares não acionaram as autoridades. O corpo dela foi encontrado por turistas que caminhavam pela Alameda do Remo, na Riviera de São Lourenço, durante a noite do dia 6 de janeiro, após sentirem forte odor proveniente do local.

A princípio, o caso era tratado como um suicídio, uma vez que a jovem estava com uma corda amarrada ao pescoço e parcialmente pendurada em um galho de árvore em meio a um matagal. Um possível afundamento do crânio foi registrado no boletim de ocorrência, mas o fato foi posteriormente descartado pelo IML.

"O nó da corda estava embaixo do queixo dela, mas, geralmente, teria que ficar atrás, na nuca. Os pés dela também tocavam o chão e ela não estava completamente suspensa. A cena que estava ali não é padrão de suicídio, por isso foi registrado como morte suspeita", explicou o delegado na época.

A autoridade policial apurou, ainda, que a jovem havia brigado com o namorado na noite réveillon, não morava com os familiares desde os 15 anos e que passou a viver sozinha recentemente. A mãe dela é falecida e havia lhe deixado uma pensão, de onde tirava o sustento. O caso foi registrado na Delegacia Sede de Bertioga.