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Polícia

Empresa de bitcoins atrasa pagamentos e suspeita é de pirâmide

15 janeiro 2018 - 13h42Por Eduardo Miranda/CE

Você aplicaria seu dinheiro em uma empresa que promete devolver o dobro do valor investido em até 1 ano, por meio de um parque de “mineração” de moedas digitais na China e outro no Paraguai (que ainda não está pronto), e não reconhecida pelos órgãos oficiais que regulam as transações financeiras? Nos últimos dois anos, parte dos 70 mil filiados da Minerworld, motivados por essa promessa de renda, investiram nos sistemas informatizados desta empresa. Agora, vários deles começam a relatar atrasos nos pagamentos, ao mesmo tempo que há investigações ou determinações de abertura de inquéritos em três órgãos: Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Polícia Federal e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em agosto do ano passado, o juiz Márcio Alexandre Wust determinou que a 6ª Delegacia de Polícia de Campo Grande abrisse inquérito com informações repassadas pelo Ministério Público Federal, para investigar suposto esquema de pirâmide financeira com o uso da moeda digital bitcoin. Há a suspeita de que a empresa se sustente não com o valor auferido com os bônus oriundos da validação de transações de bitcoins em todo o mundo (a mineração desta criptomoeda), mas com a entrada de novos investidores, o que configuraria a pirâmide, ou pelo eufemismo utilizado no mercado: marketing multinível. Também há inquérito aberto na Polícia Federal, que não liberou o conteúdo das investigações.

A CVM, órgão governamental que protege e regulamenta os investimentos financeiros no Brasil, já avisou que nela não há registro algum da Minerworld. “Por esse motivo, foi aberto o processo 19957.005648/2017-58, em decorrência de outras denúncias ou consultas recebidas pela CVM. Verificamos que foram identificados indícios de crime contra a economia popular; exigência de pagamento inicial; promessa de retorno financeiro extraordinário (100% em um ano); promessa de indicação de ganhos com a indicação de novos afiliados(…); falta de informação sobre riscos envolvidos; fornece pouca informação sobre a empresa”, indica consulta no órgão governamental.

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