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Polícia

Defesa pede tratamento psiquiátrico a acusado pela morte de Mayara Fontoura

05 janeiro 2018 - 12h35

A defesa entrou com um pedido de tratamento psiquiátrico para Roberson Batista da Silva, 33 anos, acusado de matar a jovem Mayara Fontoura Holsback, 18 anos. O crime foi no dia 15 de setembro do ano passado.

Em petição feita à Justiça no dia 27 de novembro, o advogado Hilton Hasimoto defende que o cliente seja encaminhamento a um hospital adequado para tratamento psiquiátrico, com urgência, para que realize exames e receba prescrição de medicamentos necessários ao tratamento.

Para sustentar o pedido, o advogado defende que Roberson tem tido alucinações e está "fora de juízo", falando frases sem nexo como: "doutor, os policiais sequestraram todos os meus familiares, é um golpe, doutor, se o senhor não chegasse aqui hoje antes das 10h30, eles iriam me matar lá no forte, doutor.’’

No dia 30 de novembro, o juiz Marcelo Ivo de OLiveira, da 1ª Vara de Execução Penal, aceitou ao pedido e solicitou que a direção do Instituto Penal de Campo Grande, onde Roberson está preso, tome as devidas providências. Ele irá passar por um consulta no hospital, para saber quais medicamentos deve tomar.

O crime

Roberson é acusado de ter matado Mayara a golpes de tesourada no bairro Universitário, em Campo Grande, no dia 15 de setembro. Ele ficou foragido durante quase três meses, até que em 6 de novembro se apresentou à polícia.

Conforme boletim de ocorrência, a jovem foi encontrada nua sobre a cama com parte do corpo coberto com edredom. Havia sangue no colchão, nas cobertas e algumas manchas no banheiro (no interruptor e na parede). A tesoura, usada no crime, foi localizada coberta de sangue ao lado do corpo, que já estava em rigidez cadavérica.

À polícia, uma testemunha contou que a jovem falava pouco do marido, mas que já havia comentado que Roberson era assaltante de banco e estava preso por ter matado uma pessoa por causa de uma dívida de R$ 400 mil.

A jovem também teria comentado que o marido era possessivo e ciumento. Ela o visitava na cadeia e tinha uma tatuagem com o nome dele no braço.

Perdão de pena

Roberson tem várias passagens pela polícia e teria matado Mayara um dia após receber o perdão de sua pena. Ele estava preso há três anos, 10 meses e 27 dias por tentar matar a ex-companheira em 2011.

Na época, a jovem tinha 25 anos, e ele atirou contra ela num posto de combustíveis, depois dela se recusar a conversar com ele. A moça foi atingida no pescoço, mas acabou socorrida e passa bem.

Por apresentar “bom comportamento” nos últimos 12 meses, sem que houvesse registros de "falta grave", o acusado acabou solto e ganhou o perdão da pena por meio do indulto, que é uma forma de extinguir o cumprimento de uma condenação imposta ao sentenciado. A decisão foi do juiz da 1ª Vara de Execução Penal, Caio Márcio de Britto.

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