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Polícia

Estudante que matou advogada no trânsito não deverá responder por omissão de socorro

17 novembro 2017 - 11h37Por TV Morena

O estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 23 anos, envolvido no acidente que matou a advogada Carolina Albuquerque Machado, na madrugada do dia 2 de novembro, na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, não deve responder por omissão de socorro, de acordo com a Polícia Civil.

O motivo, segundo o delegado que cuida do caso, é que João Pedro permaneceu no local da batida até a chegada de uma ambulância do Corpo de Bombeiros - o que desconfigura o crime. O episódio foi registrado por uma câmera do shopping que fica próximo ao local da batida.

As gravações mostram um homem tentando quebrar o parabrisa do carro onde estavam os irmãos João vitor e João Pedro Miranda Jorge. Conforme a polícia, o acidente tinha acontecido havia onze minutos. Depois, o mesmo homem subiu na lateral do carro, que estava tombado.

As imagens não mostram, mas segundo a Polícia Civil, os jovens foram resgatados pela janela. O carro de Carolina Albuquerque Machado não aparece nas imagens da câmera. A primeira ambulância chegou à meia-noite e vinte. Outra, cinco minutos depois. A meia-noite e vinte e nove um homem aparece fugindo. A polícia acredita que é João Pedro.

"Nós verificamos que tão logo aconteceu o acidente, várias pessoas pararam no local. Como o Corpo de Bombeiros chegou bastante rápido, e, em seguida do Samu e a viatura da Polícia Militar, a gente vê que o socorro foi prestado à vítima", explicou o delegado Geraldo Marim, em entrevista à TV Morena.

Mas ainda de acordo com o delegado, um detalhe que foi observado na situação é que João Pedro fugiu do local após o socorro chegar. A atitude, segundo Marim, configura um outro tipo de crime de trânsito, já que pode ser interpretada como evasão.

"Ficou bem confirmado a questão da omissão. Os dois são delitos do Código de Trânsito. A primeira é deixar de prestar socorro à vítima. A segunda é quando a pessoa se evade do local a fim de evitar ser responsabilizada. Ele saiu, em seguida, argumentando que estava sendo acusado de ser um homicida, de que estaria embriagado. Mas, se prosperasse essa alegação dele, certamente ele teria se apresentado à autoridade policial em seguida", argumentou o delegado.