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Comerciante é abordado pela PF para acompanhar trabalhos na residência de Puccinelli

14 novembro 2017 - 11h54Por Natália Yahn/CE

Testemunha da quinta fase da Operação Lama Asfáltica - Papiros de Lama, o comerciante José Márcio Andrade de Barros, 48 anos, foi abordado por agentes da Polícia Federal que cumprem mandados de prisão preventiva e temporária, além de condução coercitiva, busca e apreensão e sequestro de valores, para acompanhar a ação dentro do apartamento do ex-governador André Puccinelli.

Por volta das 6h de hoje (14), Barros passava em frente ao prédio Champs Elysees, na Rua Euclides da Cunha onde mora Puccinelli e foi escolhido para testemunhar a ação. Ele e outro colega de trabalho foram levados para dentro da casa do ex-governador onde aproximadamente dez agentes participam da operação. Os policias verificam documentos, mas não fazem buscas no local, de acordo com o comerciante. Além do apartamento de Puccinelli o grupo também verifica o apartamento vizinho, no mesmo andar.

Barros informou que o ex-governador está aparentemente tranquilo, além de solicito com os pedidos dos policiais e "até brincalhão". O advogado dele, Rene Siufi está no local e acompanha toda a movimentação policial. O comerciante e o colega de trabalho saiam do serviço quando foram abordados e ficaram aproximadamente 1h30min dentro do apartamento, de onde Puccinelli ainda não saiu. "Fui pego de surpresa, mas achei interessante participar e cumprir meu dever como cidadão", disse Barros.

Além do apartamento de Puccinelli, a casa do filho dele, o advogado André Puccinelli Júnior também é alvo da ação. Puccinelli Júnior foi preso há pouco e encaminhado para a superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande. O ex-governador também é um dos presos preventivamente.

Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, seis mandados de condução coercitiva, 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas estão sendo cumpridas além de Campo Grande, em Nioaque, Aquidauana e São Paulo (SP), com a participação de mais de 300 policiais federais, servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

A investigação tem como objetivo desbaratar Organização Criminosa que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, financiamento de atividades privadas sem relação com a atividade-fim de empresas estatais, concessão de créditos tributários com vistas ao recebimento de propina e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos elaborados de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.

Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas e, ainda, corroborados por depoimentos de colaboradores, os quais participaram do esquema delituoso. Este arcabouço probatório permitiu ratificar a linha investigativa adotada pela Força Tarefa acerca do modo de atuação da organização criminosa.

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