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Polícia

Duas pessoas confirmam que estudante envolvido em acidente com morte fugiu de outra batida

08 novembro 2017 - 15h05Por Graziela Rezende/G1

Duas pessoas, vítimas de um acidente em janeiro deste ano, prestam depoimento nesta quarta-feira (8), na 7ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande. O condutor de 27 anos e a sua mãe, de 69 anos, reconheceram o estudante de medicina como motorista na ocasião, sendo ele a mesma pessoa que atingiu outro veículo e matou a advogada Carolina Albuquerque, de 24 anos, além de ferir o seu filho de 3 anos.

“Eles estão prestando depoimento neste momento. A mãe do motorista falou que, na ocasião do acidente, em que eles foram atingidos pela caminhonete dirigida por João Pedro Miranda da Silva Jorge, de 23 anos, a mulher foi ferida no ombro, sendo que ela cortou a cabeça e sangrava. Neste momento, ela alega que o estudante nem se preocupou com o estado de saúde dela”, afirmou a delegada Christiane Grossi, responsável pelas investigações.

De acordo com a polícia, o condutor também ressaltou que reconheceu o jovem como o motorista e não o pai dele, conforme um boletim de ocorrência registrado pelo idoso de 63 anos. A investigação suspeita que ele tenha assumido a direção no lugar do filho, fazendo uma ocorrência depois, principalmente porque o estudante estaria embriagado, conforme relatos de testemunhas.

"Eles falaram que o estudante estava alcoolizado e agora outras testemunhas como policiais militares e bombeiros que fizeram o atendimento neste acidente. Um sobrinho de 18 anos que também estava no carro foi intimado e uma familiar deles, residente no Rio de Janeiro, já se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. A polícia ainda vai apurar detalhes do pagamento da seguradora e quem se identificou como condutor na ocasião", ressaltou a delegada.

A reportagem da TV Morena conseguiu, com exclusividade, imagens do acidente no dia 21 de janeiro deste ano, ocorrido no cruzamento da avenida Tamandaré com a Euler de Azevedo. Nas fotos, o estudante aparece ao lado do carro atingido pela caminhonete. Nesta data, o estudante estaria dirigindo uma caminhonete idêntica a que matou a advogada na última quinta-feira (2).

Quase dois meses e meio após o primeiro acidente, outra batida pode revelar detalhes do comportamento do estudante no trânsito. “Enganar a justiça é um crime muito grave e a fraude processual está sendo analisada. Temos mais testemunhas a serem ouvidas, o inquérito foi instaurado e será investigado”, finalizou Grossi.

Entenda o caso

O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando o carro foi atingido pela caminhonete que era dirigida pelo estudante. Segundo a perícia, o motorista, que fugiu do local após o acidente, estava em alta velocidade e testemunhas disseram que ele apresentava sinais de embriaguez.

Carolina morreu enquanto recebia atendimento médico. O filho da advogada, que estava no carro, teve alta na Santa Casa da capital sul-mato-grossense. Ele fraturou a clavícula, mas, segundo a família, os médicos também identificaram que a criança machucou duas costelas. O menino está aos cuidados da avó materna. O suspeito se apresentou no último sábado (4).

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