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Polícia

Homem que matou ex hà dez anos e escondeu corpo em sofá tem prisão mantida

01 novembro 2017 - 14h00Por Renan Nucci

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, manteve a prisão de Eduardo Dias Campos Neto, de 35 anos, preso no dia 10 de agosto, em uma fazenda no Paraguai, 10 anos depois de matar a ex-companheira Aparecida Anuanny Martins de Oliveira, de 18 anos. O crime aconteceu em março de 2007, no Bairro Coophamat. O corpo da vítima foi encontrado dentro de um sofá-cama, dois dias depois do assassinato.

Consta nos autos do processo que a defesa ingressou com pedido de revogação da prisão preventiva, alegando que o réu dispõe de requisitos como domícilio fixo, trabalho lícito, tem bons antecedentes, compromete-se a comparecer aos atos (apesar de uma década foragido) e encontra-se com estado de saúde comprometido em razão de doença grave. Eduardo sofre de câncer e está hospitalizado, razão pela qual não participou da audiência ontem.

Em sua decisão, o juiz entendeu que a condição de saúde do homem não lhe garante a revogação a prisão, bem como outra cautela. “Isto porque, neste caso concreto, desde a prática delitiva o requerente comporta-se de forma arredia à condução do desenvolvimento regular do processo pois, repito, evadiu-se por mais de 10 anos, e foi necessário o auxílio de órgão de repressão ao crime de âmbito internacional para que fosse possível a sua captura”, lê-se na decisão.

Crime e prisão

De acordo com o que foi publicado na edição de 9 de março de 2007 pelo Correio do Estado, Anuanny foi morta ao ir buscar o filho, de 2 anos, na casa do ex-companheiro, Eduardo. O instalador de alarmes asfixiou a vítima com uma toalha de mesa e depois de constatar o óbito, escondeu a estudante dentro de um sofá-cama. Desde então, ele estava foragido. Na época, mãe da jovem procurou a delegacia para registrar o desaparecimento da filha, que foi encontrada dois dias depois.

Eduardo não aceitava o fim do relacionamento com Anuanny, que durou dois anos. Antes de ser morta, a jovem havia se mudado recentemente para o distrito de Anhanduí, onde, conforme a mãe, ela iria recomeçar. Eduardo usava o nome de Fernando como ‘nova identidade’. Ele foi capturado em uma fazenda que fica no Paraguai, perto da fronteira com Porto Murtinho, onde trabalhava e havia constituído nova família e filhos. O delegado Márcio Shio Obara, da Delegacia de Homicídios (DEH), disse à época que o homem estava sendo investigado há algum tempo, depois de contato da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul com a Polícia Nacional do Paraguai.

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