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Polícia

Caso de atropelamento envolvendo esposa de procurador deve ser esclarecido com dois inquéritos

20 setembro 2017 - 13h50Por Natalaia Yahn/CE

Seis dias após a morte de Verônica Fernandes, aos 91 anos, que foi atropelada por Cirlene Alves Lelis Robalinho - esposa do procurador de Justiça Gilberto Robalinho da Silva - a Polícia Civil divulgou nota à imprensa onde explica ter tomado providências na investigação do caso.

Cercado de polêmica, por conta da ação de policias militares à paisana na retirada do veículo do local do crime e também da truculência do major Claudemir de Melo Domingos, que ameaçou jornalistas que trabalhavam na cobertura do acidente, a polícia informou apenas que dois inquéritos policias foram instaurados.

Na investigação do homicídio culposo o veículo retirado do local foi apreendido e encaminhado para exames periciais.

O mesmo aconteceu com o celular de Cirlene, que atropelou e matou a idosa. Testemunhas teriam sido ouvidas, apesar de a família da vítima afirmar que até agora ninguém foi chamado para depor.

A Polícia Civil apreendeu ainda imagens das câmeras de segurança próximas ao local do acidente "que contenham a materialização do atropelamento, para auxílio na elaboração do laudo pericial".

A delegada responsável pelo caso, Célia Maria Bezerra da Silva, não quis dar outras informações sobre a investigação. Por telefone, ela disse apenas que no final da investigação vai divulgar nova nota.

Já sobre a retirada do veículo envolvido no acidente, outro inquérito instaurado no dia 14 de setembro - um dia após o acidente - apura fraude processual.

O policial militar que levou o carro do local foi ouvido e também foram identificadas testemunhas da ação, "a fim que se possa definir se a atitude foi decorrente de intervenção de terceiros". Ao final, a nota emitida informa que "lembrando que a Polícia Civil busca sempre a verdade real dos fatos".

Verônica foi atropelada e morta no início da tarde do dia 13 de setembro na Avenida José Nogueira Vieira, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. Ela foi a 48" pessoa que morreu vítima do trânsito na Capital este ano.