Considerando a superlotação que se observa nos estabelecimentos penais do Estado, é necessário praticamente triplicar o número de vagas para atender à demanda. Hoje o déficit ultrapassa 8 mil vagas, isto porque existem 11.800 criminosos nas ruas, com mandados de prisão em aberto, ou seja, criminosos que estão soltos, deixando a população à mercê da bandidagem. Mesmo que houvesse um grande esforço da polícia para cumprir todos esses mandados em aberto, o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul não teria onde custodiá-los.
Em 2014, o déficit de vagas nos presídios era estimado em mais de 6.500 vagas. Segundo um levantamento da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), nesta mesma data cerca de 41,92% dos homens que estavam presos teriam cometido crimes previstos na Lei de Drogas; já as mulheres, a proporção seria de 79,45%.
A Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária), em seu último levantamento, mostrou que o Estado têm 15.645 detentos nos três regimes prisionais (aberto, semiaberto e fechado), isto porque o número de vagas é de apenas 7.327, e abriga uma população de 8.318 detentos – internos, além da sua real capacidade já instalada.
O BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão), para agravar mais ainda o atual cenário, aponta que o Estado têm 11.892 mandados de prisão aguardando cumprimento. Existe também o registro de 2.157 mandados que já estão com o prazo de validade expirado.
