A população de Mato Grosso do Sul amanheceu a mercê da bandidagem nesta sexta-feira (1º). O Estado registra em média 139,9 casos de roubo e furto todos os dias, conforme levantamento da própria Sejusp (Secretarsia estadual de Justiça e Segurança Pública). Com o aquartelamento da Policia Militar, desde às 7 horas da manhã dessa sexta-feira, os sul-mato-grossense estão praticamente abandonados. A previsão é que ao menos 80% do efetivo fique de braços cruzados nos batalhões.
O protesto pacífico é por melhores salários e condições adequadas de trabalho, segundo os manifestantes. Na Capital estima-se que a adesão ao aquartelamento seja de 60%, fator este que compromete drasticamente o atendimento de ocorrências. A manifestação é preocupante, de acordo com a Sejusp, porque de janeiro a 31 de julho deste ano foram registrados no Estado 26.465 furtos.
Os dados apontam que sem policiamento ostensivo nas ruas, a tendência é que a criminalidade venha a aumentar. De acordo com o presidente da ACS/MS (Associação Estadual dos Cabos e Soldados da PM e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, os servidores compreendem este risco, mas que, para minimizar o prejuízo que podem ocorrer ao cidadão, sugeriu aquartelamento de apenas 24 horas. “Foi uma medida razoável para que pudéssemos nos manifestar com seriedade, mas prejudicando ao mínimo o trabalhador de bem. A proposta inicial seria de aquartelamento por tempo indeterminado”, pontuou.
