A PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Mato Grosso do Sul, para reduzir gastos com combustíveis e evitar o fechamento de unidades de fiscalização, está confinando os policiais nos postos.
Após o chamado ‘contingenciamento orçamentário, de 39% imposto pelo governo Temer, através de decreto, as medidas foram adotadas com o intuito de a corporação manter as condições mínimas para operar.
Com as medidas adotadas, mesmo com os esforços dos policiais, a segurança no maior corredor do tráfico de drogas e armas da América do Sul segue fragilizada, visto que atividades como barreiras e patrulhamento ostensivo, principalmente nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia estão suspensas por tempo indeterminado. Com a situação cada vez mais precária e as fronteiras de ambos os países serem secas, as dificuldades na fiscalização aumentam significativamente.
Segundo a SINPRF/MS (Sindicato Estadual dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul), os policiais que antes estavam fazendo rondas nas rodovias - patrulhamento ostensivo -, agora cumprem escalas nos postos de fiscalização. Além disso, férias foram adiadas com a intenção de não comprometer os plantões.
“Este remanejamento do efetivo foi o meio que o Sindicato e a Superintendência Regional encontraram para evitar que os postos fossem fechados. Apesar da redução, o trabalho continua”, explicou Ademilson de Souza Benitez, diretor-presidente do SINPRF/MS.
Assim que as medidas do governo foram publicadas, a expectativa era de que dos dezoito postos ativos, oito fechassem já no primeiro mês - ao todo são 22 postos no Estado.
Os trabalhos nas unidades segue cada vez mais complicados, segundo informações, há determinações para economia de energia, e cerca de 30% da iluminação já foi desligada.