Marília de Brito, delegada que auxilia nas investigações do desaparecimento do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, confirmou que a polícia recebeu novas informações que apontaram que restos mortais da vítima teriam sido encontrados em um poço próximo ao rio Anhunduí, no bairro Aero Rancho em Campo Grande. Informações extraoficiais apontam que um homem de 38 anos suspeito de estuprar e matar um menino que pode ser Kauan teria assumido o crime. A delegada Marília preferiu não comentar.
As buscas por corpo de uma criança que pode ser de Kauan, que supostamente estaria em um poço, foram realizadas no início da noite de ontem (27), mas foram suspensas depois das 18 horas. Para auxiliar as equipes dos Bombeiros na retirada de água do poço, refletores foram instalados.
O delegado Paulo Sérgio Lauretto acompanhou toda a ação. A investigação do desaparecimento e da morte de Kauan está sob a responsabilidade da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente). Familiares do menino desaparecido acompanham os trabalhos.
Suspeito
Um homem de 38 anos, que está preso de forma preventiva desde sexta-feira (21) passada, é suspeito de estuprar e matar Kauan Andrade.Segundo informações, o indivíduo oferecia entre R$ 5 e R$ 20 para atrair as vítimas até à casa dele onde cometia os abusos sexuais, no bairro Coophavila II.
Um adolescente de 14 anos que está apreendido, teria participado do crime. Segundo a polícia, o menor teria segurado Kauan durante o abuso, dificultando a defesa da vítima. “A informação segura é que no dia do fato estava o adolescente com a vítima na Coophavila II e ali teriam sido pegos pelo suspeito no carro dele, e esse suspeito os levou até a casa dele e lá praticou toda a ação”, disse Lauretto.
O relato do adolescente, segundo o delegado, tem amparo nos exames periciais feitos com materiais químicos reagentes na residência do suspeito, onde foi confirmada a presença de sangue na cama e chão, conforme dito pelo menor.
Desaparecido
No dia 25 de junho, Kauan foi visto pela última vez cuidando de carros na região da Coophavilla, na Capital, em companhia de colegas que voltaram para suas residências. Luzinete dos Santos Andrade, de 34 anos, tia de Kauan, disse que no dia do desaparecimento ele acordou cedo e saiu de casa, no Pênfigo, onde mora com a mãe e o padrasto, dizendo que iria visitar a avó, residente no Jardim Colorado.
