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Polícia

Corregedoria afastou policial que transportava R$ 2 milhões em cocaína

30 maio 2017 - 14h23Por Renan Nucci/CE

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul decretou o afastamento compulsório do investigador Jonas Ricardo Silva da Cruz, 31 anos, preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último dia 20, transportando 45 quilos de cocaína avaliados em R$ 2 milhões. Conforme a decisão, publicada no Diário Oficial do Estado de ontem, o servidor fica afastado pelo prazo em que perdurar a prisão cautelar.

Ele está recolhido preventivamente no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, em Campo Grande, em uma ala específica para policiais. Tais medidas têm com objetivo garantir que não haja interferência nos processos de âmbito administrativo e criminal pelos quais responde. O inquérito está sob responsabilidade do delegado Marcílio Ferreira Leite, titular da Delegacia de Água Clara, município onde o crime aconteceu.

No dia de seu aniversário, Jonas conduzia um veículo Kia Sportage de cor branca acompanhado pelo comparsa Jean Paul Moraes de Matos, 29 anos, quando houve abordagem em barreira de fiscalização. Os agentes desconfiaram de alterações no para-choque e painel, e por isso decidiram averiguar o veículo, oportunidade em que encontraram dezenas de tabletes escondidos em fundo falso no porta-luvas.

A dupla foi levada para a delegacia e negou envolvimento com o tráfico. “Eles dizem que estavam indo para uma festa em Inocência e que não tinham conhecimento sobre a presença da droga no veículo. Jonas, inclusive, afirma que estaria concluindo a aquisição do automóvel. Entretanto, quando eles são interrogados separadamente, entram em contradição, o que reforça nossas suspeitas”, disse Marcílio.

Lotado na delegacia de Amambai desde 2014, Jonas tem várias conexões no Paraguai, o que mantém, ao menos por enquanto, a tese da polícia de que, de fato, estava envolvido com o crime organizado na fronteira. Nem ele e nem Jean Paul têm passagens por outros crimes. Enquanto estiver afastado, o policial segue recebendo seu salário e só deve ser expulso, caso haja necessidade, depois que o processo for julgado.