A quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, desmantelada pela Polícia Federal na quarta-feira, durante a Operação All In, pretendia expandir suas ações na fronteira. A cúpula da facção, instalada em Campo Grande, negociava a compra de uma fazenda com pista de aterrissagem na zona rural de Corumbá, localizada estrategicamente na linha divisória entre o Brasil e a Bolívia.
O valor não foi divulgado, entretanto, a propriedade era vista como ideal, pois estava longe o bastante do alcance da fiscalização e facilitaria o pouso de aeronaves carregadas com cocaína importada. Uma vez em solo brasileiro, o entorpecente seria destinado a estados da região sudeste.
O responsável por autorizar a compra seria Gérson Parlemo, morador na Capital e apontado pela PF como chefe do esquema. No entanto, ele tomaria suas decisões baseado nas tratativas e na avaliação do campo-grandense Hugo Leandro Tognini, amigo de longa data e homem de confiança. Segundo mandado de prisão expedido pelo juiz Odilon de Oliveira, titular da 3ª Vara Federal Criminal em Mato Grosso do Sul, Hugo desempenhava atividades de corretor de imóveis e, nessa condição, orientava Gerson sobre aplicações no mercado imobiliário.
