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Polícia

Atendimento em UPA de Campo Grande acaba em agressão

23 março 2017 - 15h15

Lugar frequentado por público em busca da cura, alívio de mal-estar e tratamento para doenças acabou sendo palco para troca de agressões entre duas mulheres e virou caso de polícia. As protagonistas da briga foram médica e mãe de paciente. O episódio aconteceu no começo da noite de ontem (22), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Campo Grande.

Segundo Boletim de Ocorrência, mulher, de 46 anos, declarou que depois de esperar cerca de quatro horas e meia por atendimento e ver grupo de pacientes ser atendido, exceto a filha e outra pessoa, foi até a médica, que tem 33 anos, questioná-la sobre a demora.

Primeiramente, a profissional teria afirmado não ter esquecido de chamar por nenhuma pessoa. A mulher disse ter continuado à espera e, depois de algumas horas, ao perceber que outro grupo de pacientes foi chamado e, novamente, exceto a filha, foi até a médica pela segunda vez.

Ainda conforme as declarações, a profissional teria dito que era para aguardar que iria ''avaliar'' se atenderia a menina, visto que havia chamado alguns pacientes que não estavam. A mulher rebateu à justificativa, afirmando que estava no posto desde às 13h, sem ter se ausentado. Até a assistente social da UPA foi comunicada sobre o episódio e garantiu que o atendimento seria feito, mas que a mulher deveria continuar esperando.

No momento em que o nome da filha foi chamado, já dentro da sala de consultório, a paciente disse ter ironizado: “poxa doutora, esqueceu de atender minha filha". A médica teria ficado nervosa com a ''brincadeira'' e se recusado a atender a paciente.

A mulher disse ter tentado acalmar a médica para garantir que a filha fosse atendida, mas acabou golpeada pela profissional com instrumento de uso médico, na cabeça. Por isso, ambas entraram em luta corporal.

Outra versão

Também para policiais, a médica envolvida na confusão descreveu outra versão. A informação de que ela havia chamado alguns pacientes que não se apresentaram foi confirmada. Porém, negou ter afirmado que ''iria avaliar'' se atenderia. A médica disse que ficou de ver se a ficha da filha da mulher estava entre os pacientes ausentes e que iria separar para fazer o atendimento.

Ainda conforme a médica, no momento em que chamou o nome da menina, a mulher teria se apresentado já ''alterada''. Pediu que o tom de voz fosse abaixado, senão não atenderia e a mulher teria, então, partido para a agressão.

A confusão foi apartada por enfermeiros que ouviram gritos. O caso foi registrado na polícia para tomada de medidas cabíveis.

Posicionamento

Em nota, por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) disse que lamenta e repudia o episódio de agressões, ocorrido dentro da UPA Leblon.

Também argumentou saber que médicos e outros profissionais de saúde são vítimas constantes de agressões verbais e físicas. Por isso, ações efetivas estariam sendo tomadas para garantir maior segurança. A partir de abril, o efetivo da Guarda Municipal deverá ser reforçado nas unidades que atendem urgência e emergência, segundo a Sesau.

Em defesa à médica, nota finaliza: “a agressão sofrida pela profissional teria sido motivada pelo suposto mau atendimento prestado, o que não justifica a atitude da paciente. A população precisa entender que estamos passando por um momento delicado e que, não só os profissionais de saúde, mas como todos os servidores públicos, desempenham as suas funções dentro de suas limitações com um único propósito: dar um atendimento de qualidade para a população. Agredir o profissional não irá resolver nada e quem o fizer será penalizado na forma da lei”.

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