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Polícia

Polícia investiga se corpo carbonizado é de ex-vereador Alceu Bueno

21 setembro 2016 - 18h05

A Polícia Civil investiga se o corpo encontrado carbonizado na região do Parque dos Poderes na manhã desta quarta-feira (21), seria do ex-vereador Alceu Bueno. O delegado ouve testemunhas no prédio do Cepol (Centro de Polícia Especializada), que seriam a mulher e a filha de Bueno.

Segundo informações extraoficiais, o corpo seria de Alceu, que está desaparecido desde a noite de terça-feira (20). O caso é investigado pela Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), pelo delegado Edilson dos Santos, que deve conceder uma coletiva à imprensa ainda nesta quarta-feira.

Desaparecimento

Na empresa de Bueno, um depósito de material de construções, a informação repassada à reportagem é de que ele estaria desaparecido. Segundo um funcionário, a esposa e a filha do ex-vereador estariam na rua em busca do paradeiro de Alceu.

Um outro familiar, que preferiu não se identificar, afirmou que por enquanto a informação é apenas boato, sendo que nada foi confirmado para a família. Um dos ex-colegas de Alceu na Câmara, revelou à reportagem que conversou com ele normalmente na tarde de ontem.

José Alceu Padilha Bueno foi eleito em 2012 e renunciou em 2015 depois de ter sido flagrado em um motel com duas adolescentes, com menos de 18 anos. Ele foi indiciado por ‘favorecimento à prostituição ou de outra forma de exploração sexual de vulnerável’. Imagens de um vídeo no qual o ex-vereador aparecia com as garotas no motel chegaram a ser divulgadas.

À época, Bueno alegou que era vítima de um esquema de extorsão, assim como o ex-deputado estadual Sérgio Assis, também flagrado no motel com as adolescentes. Três pessoas, Fabiano Viana Otero, Luciano Pageu e o ex-vereador Robson Martins, foram presos pelo crime.

Corpo Carbonizado

Segundo o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, foi possível identificar que a vítima é um homem, de idade aparente entre 30 e 40 anos, descrição que bateria com perfil do ex-vereador. O corpo teve 95% do corpo queimado, mas ainda assim os peritos e investigadores conseguiram notar que estava com a língua protusa, para frente.

Tal fato dá indícios que o homem teria sido estrangulado antes de ter o corpo queimado. Ainda segundo o delegado, por enquanto não é possível dizer se o homicídio ocorreu no local ou se o corpo foi 'desovado' no matagal e queimado. Por conta do estado do corpo, a suspeita é de que tenha sido usado algum tipo de combustível para o incêndio.

Com parte da mão da vítima, que não foi queimada, a Perícia tentará fazer um exame papiloscópico, para identificar o homem. Ainda assim, se houver dificuldades, o delegado solicitará um exame de DNA ou um exame necropapiloscópico. O celular da vítima também foi apreendido no local e, pelo modelo, teria ajudado a levantar a suspeita que se trate do ex-vereador.

Imagens do circuito de câmeras de segurança do residencial que fica ao lado do local onde o corpo foi encontrado devem ser analisadas pela polícia e já foram solicitadas.

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