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Opinião

Infraestrutura asfáltica será um dos desafios das futuras administrações

07 junho 2016 - 13h13Por Silva Junior

Tapa buraco em vias da periferia fica inviável, única

alternativa plausível seria operação recapeamento

 

Dois mil e dezesseis é ano eleitoral, onde os mais de cinco mil municípios abrem as urnas para prefeitos e vereadores em todo o Brasil. Situação econômica e política de momento requer cuidado redobrado, dado a bagunça instalada nas instituições públicas do País.

Por toda parte a reclamação é geral, falta dinheiro, sobram problemas nas mais diversas áreas, precatórios e mais precatórios aparecem de todos os quadrantes. Peça orçamentária que não fecha, demandas judiciais, encrenca sindical e outros que apertam os administradores.

Sem mencionar prefeituras, assembleias legislativas, prefeituras e o Planalto enterrados na lama da corrupção, com raríssimas exceções. Essa realidade cresce categoricamente a repulsa dos eleitores e o número de votos brancos e nulos tendem a ser o modo de resposta na eleição que se aproxima. E não adianta dizer que o povo tem memória curta, engana-se.

Atualmente as prefeituras passam por uma das mais difíceis situações administravas da história contemporânea, em razão da crise.

Se fizermos um RX amiúde dos cofres públicos, a sua grande maioria passa por momento de grande dificuldade. Umas mais, outras piores ainda. Só para exemplificar, ainda hoje tem município pagando parcelas do décimo terceiro do ano passado, isso também vale para as casas legislativas. 

Os desafios são imensos. Causa revolta acompanhar idosos, crianças, gestantes, as pessoas em geral, recebendo tratamento desumano nas filas de postos, clínicas e hospitais implorando por atendimento. Vergonhosa a situação na educação, um dos principais pilares na formação cidadã. A segurança nem se fala, aberração e desmando de toda ordem, em que o cidadão de bem se transformou em refém da marginalidade.

Esse tripé vive em estado falimentar há muito tempo, apesar de recursos serem canalizados para tais fins, nada de concreto é contemplado pela sociedade. O momento atual de índice zero na política é o resultado do descaso e descalabro praticado num passado recente por quem deveria ser exemplo.

A ordem está aquém do esperado, foi engolida por uma maneira sorrateira de busca desenfreada por benesses. Com a ausência do estado de direto, a marginalidade só poderia nadar de braçada, mas vale a pena praticar o bem. Nunca o mal vai sobressair.

Dourados

Dourados em doze anos, mudou de ruim para pior. Alcançou o fundo do poço quando pela primeira vez a maioria dos vereadores acabou defenestrado de suas funções, acusados de praticarem falcatrua, graças a um engendramento suspeito e acabou resultando na queda do prefeito, vice, presidente da Câmara Municipal, quando então o Munícipio recorreu ao judiciário para colocar no trilho o trem administrativo, nascendo o Governo Interino Eduardo Machado Rocha/Delia Razuk, antes da eleição extemporânea, o que viria a ser outro fato histórico em Dourados.

Na sequência, alça ao poder o engenheiro Murilo Zauith. No entanto, quem pegar o bastão a partir de janeiro de dois mil e dezessete, após as eleições de outubro próximo, terá pela frente um dos maiores desafios de suas vidas: recapear a malha viária de parte do centro e a grande parte da periferia. Esse gargalo, com somas astronômicas, não pode ser deixado para o próximo janeiro e nem a desculpa da farta chuva vai servir de paliativo.

Também a edificação de passarelas ou túneis em cruzamento de rodovias federais com bairros populosos, como Jardim Guaicurus, Campo Dourado, Chácara Campina Verde, futuro Hospital Regional e outros tantos loteamentos, tem que fazer parte do planejamento das coligações.

Das urgências, não tem como negar, a operação tapa buraco e o saneamento básico

em bairros populosos, como os jardins Maracanã e Morumbi. Tais obras não podem esperar somente bom tempo para efetivamente sair do papel.

Infraestrutura viária será um dos desafios das futuras administrações, com certeza em MS e boa parte do Brasil.

* O autor é Jornalista [email protected]