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Opinião

Deus e o Diabo na trama de Passaia

20 setembro 2010 - 11h29Por Vivaldo S. Melo

Quando situações indigestas vem à público, os homens,  acuados,  usam dos mais diversos expedientes para justificar suas ações. Deus e o diabo se revezam no topo das preferências. Quem não ouviu determinadas ações serem avalizadas “em nome de Deus” ou justificadas “por culpa do diabo”, dependendo dos interesses?

Uma leitora de um badalado site tomou as dores de Eleandro Passaia, observando que ele teria sido usado por Deus, para denunciar o esquema de corrupção desmontado a partir da prefeitura de Dourados. O próprio jornalista, em determinado momento, apelou para sua consciência cristã.

A verdade, já sabida desde o início do “furacão”, e confirmada pelo Ministério Público Estadual, é que o jornalista recebeu o benefício da delação premiada, para atuar como um colaborador da justiça. Não fosse isto, certamente seria preso, embora o promotor Paulo Zeni afirme nada existir contra Passaia. Será?

Mesmo que não haja, contudo, uma “meia verdade” no campo da fisolofia é definida como uma mentira. E Passaia, além de dizer que fez as denúncias de forma voluntária, dramatizou seu enredo, ao citar como motivo maior a compaixão por uma criança, que teria ficado cega, por falta de maiores cuidados da saúde.

Ora, se uma “meia verdade” é uma mentira inteira e o pai da mentira, na ótica cristã, é o diabo – Passaia professa essa fé -  só falta agora as contradições serem creditadas ao reino luciférico. Como, teologicamente, Deus tem domínio sobre o próprio diabo, outra possibilidade é colocar os dois nesta trama.

Vivaldo S. Melo

www.vivaldos.com