Menu
Buscarquinta, 25 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
31°C
cmd participa
Blog do Clóvis

As muitas voltas para a disputa de Dourados

20 março 2012 - 12h54

A condição de prefeito no exercício do mandato em Dourados ainda não dá ao político Murilo Zauith a certeza de uma reeleição tranquila na disputa eleitoral deste ano, a exemplo do que foi a ampla coalizão de partidos nas eleições fora de época de fevereiro do ano passado.

Talvez seja por isso, inclusive, que o prefeito ainda não afirmou, oficialmente pelo menos, que deseja disputar um novo mandato, embora nos bastidores hajam todas as evidências nesse sentido. O certo, porém, é que, mais uma vez, as articulações passam pela eleição municipal de Campo Grande e o próprio processo de sucessão do atual governador, em 2014.

Pressionado pelas bases peemedebistas, ainda que manifestamente divergentes, em Dourados, o governador André Puccinelli resolveu ceder, e afirmou, no final de semana, que vai ficar com o candidato do partido a ser escolhido, supostamente, a partir de pesquisas entre os nomes da vereadora Délia Razuk e dos deputados Marçal Filho e Geraldo Resende.

Só esse fato já teria motivado, inclusive, reuniões fortuitas entre o comando local do Município e alas lideradas por eventuais adversários do grupo conduzido pelo governador na disputa de 2014.

Quando André Puccinelli anuncia que o nome da vez para disputar a sucessão dele passa pelo atual prefeito da Capital, Nelsinho Trad, ou a vice-governadora Simone Tebet, o senador Delcídio Amaral se apressa em escrever, no microblog que mantém sempre atualizado nas redes sociais, que é cedo para discutir eleição estadual.

Da mesma forma, quando o peemedebista Geraldo Resende, nome mais em evidência dos três eventuais pré-candidatos à sucessão de Murilo força uma pressão junto às lideranças de Campo Grande, a reação do prefeito é imediata.

Dono do mapa político estadual, e responsável pela movimentação das principais peças desse tabuleiro, André negocia com os chefes políticos maiores, de Brasília pra baixo, e não esconde a vontade de chegar a uma cadeira do Senado. Mas, antes disso, sabe que precisa acomodar a ‘tchurma’ por estas bandas.

No fundo, no fundo, pra ele não existem adversários. Há, sim, alguns preferidos, outros ungidos, alguns que ele prefere que permaneçam “na geladeira”, outros “na torradeira”. Político que não souber fazer a leitura das metáforas e aforismos disparados por Puccinelli por onde ele passa, decididamente não vai sobreviver nesse meio.

Deixe seu Comentário

Leia Também