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Blog do Clóvis

E se os policiais tivessem matado os bandidos?

24 janeiro 2012 - 12h24

A perseguição aos ladrões que tentavam passar com a caminhonete de um empresário de Dourados para a fronteira do Brasil com o Paraguai, na noite de segunda-feira (23), levantou uma preocupação, sobretudo dos jornalistas que cobrem o setor policial, quanto ao comportamento da PM no caso.

A operação policial foi rápida, em menos de 40 minutos os dois assaltantes estavam mortos. É bem verdade que o carro do empresário também estava destruído, pela irresponsabilidade da ação criminosa [alguém já ouviu dizer que praticar crimes é ação responsável?], que custou a vida dos dois homens que optaram por essa forma de “trabalho” com ganhos “imediatos”.

Na pressa, os ladrões teriam buscado formas práticas de tentar passar com a caminhonete, mas não contavam com o cerco policial, e nem com o barranco à frente em uma das curvas da rodovia que dá acesso ao município de Laguna Carapã. A primeira notícia de alguns eletrônicos, inclusive, foi a de que os marginais teriam sido mortos após troca de tiros com a polícia. Em seguida, confirmado o “suicídio”, veio a repetida e insistente explicação: não há marcas de tiros que tenham sido desferidos pelos PMs contra os bandidos.

E se houvesse? E se os bandidos tivessem realmente sido mortos durante o confronto com a PM?

O artigo 5º. da Constituição do Brasil diz que é dever do Estado assegurar os direitos fundamentais do cidadão. Nesse caso não seria uma pessoa atirando contra outra, e sim o Estado partindo em defesa de um dos direitos chamados fundamentais. Nesse caso, ainda mais, do direito de propriedade do cidadão que trabalhou para comprar a caminhonete.

A poderosa Swat de Los Angeles, a tropa de elite americana, tem permissão, na maioria dos casos, para atirar para matar o sequestrador caso ele não se entregue em menos de duas horas, embora existam algumas exceções em que as negociações se prolongam por várias horas.

O Brasil, porém, tem um “agravante”. Aqui, os Direitos Humanos vigiam de perto a ação das instituições e policial que mata bandido acaba na ‘lista negra’ da sociedade.

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