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Blog do Clóvis

O Antônio João não é nosso!

20 dezembro 2011 - 16h14

Terra de Antônio João. Teria sido por acaso que alcunharam (ou alcunhamos?) estas terras como sendo do tenente que, nascido em Poconé, no Mato Grosso, habitou Nioaque, também na época do Mato Grosso e hoje dá nome à cidade quase na fronteira com o Paraguai, onde está baseada a Colônia Militar dos Dourados.

E a disputa de terras travada pelo paranaense Marcelino Pires e o gaúcho Joaquim Teixeira Alves, que culminou até, segundo pesquisadores, com a morte, à bala, deste último? Afinal, a quem devemos dar a merecida paternidade pela construção de Dourados?

Uma coisa está bem clara. Aos 76 anos, ainda não temos história. Ou seja, os pioneiros que por aqui passaram, incluindo gaúchos, mineiros, paulistas, baianos, todos vieram motivados, ou interessados, de acordo com a interpretação de cada um, na fertilidade dos nossos solos e, mais ainda, nas facilidades em se apossarem dessas terras.

É verdadeiro, porém, dizer que hoje Dourados é a cidade de todos os povos. Mas, a propósito, alguém já se preocupou em saber quem é aquele cidadão, de aparência sofrida e pacata, que se apoia em um cabo de machado, como símbolo da colonização, na praça “Antônio João”? Afinal, até no Rio de Janeiro, na praia Vermelha, lá está um monumento ao herói mato-grosso-fronteiriço...

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Será que os cariocas sabem quem é esse cidadão? (foto: Joyce Oliveira)

E quanto às famílias Araújo, Mattos, Torraca, Vieira, Oliveira, Saldivar, Viegas, Pedro(s)zo (isso mesmo, tem parte com “s” e outra com “z”), nenhuma delas tem origem por estas bandas, certo? Mas, também é possível dizer que ofereceram importante contribuição para o que somos hoje.

Se o tempo é de reconstrução, de buscar o nosso verdadeiro rumo certo, que tal começarmos pela construção da verdadeira história?

Enquanto isso, celebremos a Dourados altaneira, de labor e anseios mil!

 

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