Já que temos a “mão” do Braz, denominação carinhosa e por sinal merecedora dada ao Monumento ao Colono, construído na entrada leste da cidade, não será surpresa se em breve a população passar a conviver com o “anel” do Ari, principalmente quando alguém tiver que se utilizar do trecho da Perimetral Norte inaugurado na sexta-feira (4) em Dourados.
Ironia do destino, depois de ter recebido umas boas “mãozinhas”, na surdina, do próprio ex-prefeito Braz Melo durante a campanha vitoriosa em 2008, o Ari, agora ex-prefeito e ocupando um quarto na ala de oncologia do Hospital Evangélico, teve que se contentar em ver os louros da obra sendo creditados ao governador André Puccinelli e ao prefeito Murilo Zauith, a quem derrotou e que hoje ocupa a cadeira dele na difícil missão de recolocar a cidade nos rumos.
Se bem que ele poderia imaginar mesmo esse desfecho, ainda que não tivesse sido apeado do poder por conta das “molecagens” de quem não se preparou para a função. Em verdade, o anel só começou a sair do papel quando o André botou a mão no negócio e, justiça seja feita, isso o governador fez questão de lembrar na entrega da obra. Desta vez, porém, em respeito ao doente, evitando adjetivações mais ácidas.