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Opinião

Douradão: Será que agora vai?

19 outubro 2010 - 11h37Por Adriano Moretto

Interditado pelo Ministério Público Estadual desde 2009, o Estádio Frédis Saldivar, o Douradão, volta à tona novamente após Délia Razuk assumir interinamente o município. Nos releases distribuidos pela Assessoria de Imprensa da prefeitura aos veículos de comunicação de Dourados, a prefeita se mostra preocupada com a situação da praça esportiva.


Durante dois anos, o município deixou de sediar ao menos duas partidas importantes com grandes equipes do futebol brasileiro, como o Palmeiras que enfrentou o CENE em 2009 e o Naviraiense, que jogou contra o Santos este ano.

Além do bairrismo de dirigentes em levar as partidas para a capital do Estado, mesmo quando o Morenão estava em situação pior que o Douradão, a falta de incentivo e preocupação da administração municipal pesou para que o estádio continuasse como um elefante branco, onde pneus velhos eram depositados dentro de vestiários, banheiros sem condições de uso, infiltrações por toda a parte e problemas com a rede elétrica fosse corroendo com o segundo maior estádio de Mato Grosso do Sul.

Em março deste ano o então presidente da Funced, Leandro Francisco, disse que para adequar o local de acordo com as normas exigidas pelo MPE daria a prefeitura um gasto em torno de R$ 300 mil, um valor que se auto-pagaria através dos investimentos que poderiam ser feitos pela iniciativa privada com o local apto a receber jogos de futebol, ainda mais recebendo grandes nomes do futebol nacional como Valdívia, Marcos, Neymar, Ganso e André.

Já a única equipe de Dourados apta a disputar o campeonato estadual, o Sete de Setembro, teve que arcar com mais de R$ 100 mil na temporada passada de acordo com o presidente Sidney Camacho, pela falta de uma “casa” para mandar seus jogos. Camacho já deixou claro que não disputará o sul-matogrossense de 2011 caso não haja um esforço por parte do poder público em resolver o problema da falta de um local para mandar os jogos.

A intenção da prefeita interina em fazer com que o estádio que já foi destaque na mídia nacional pela sua segurança, gramado e modernidade na década de 80 tenha condições de receber jogos de futebol novamente, é o pontapé inicial para que os amantes do futebol em Dourados possam voltar a frequentar o local e torcer para que bons jogos sejam realizados no município.

O autor é jornalista