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Opinião

Parquímetro, para que serve mesmo?

05 maio 2011 - 17h34Por Silva Júnior
Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos daqui levar – Timoteo 6:7

Quem tiver uma resposta convincente, diga para que serve efetivamente este dispositivo instalado na área central de Dourados, que regulamenta o tempo de veículos estacionados nas vias centrais. Confusão e mais confusão. Esta tem sido a tônica, desde que entrou em vigor esse tal parquímetro na Cidade Modelo.

Outra pergunta que merece reflexão: para onde são levados os proventos das multas aplicadas diariamente pelas assistentes, também chamadas de azulzinhas? Outra questão: o retorno em termos de melhorias para cidade tem sido satisfatório? São questionamentos que não podem ficar na inércia e nem no esquecimento, os cidadãos tem o direito de ficar sabendo.

É verdade que vivemos num mundo onde predomina a democracia, pelo menos para esta banda, aliás, conquista suada, sofrida e muitas das vezes debaixo de cacetadas.

Mas alguma coisa não esta nos eixos, pois o negócio só é bom quando contempla ambos os lados. Essa é a máxima.

Então com tantas conquistas, por que passar por certo dissabores como este em que o cidadão (â) é penalizado impiedosamente? Não tem sentido. O momento é aproveitar o bom momento da desarticulação das lombadas eletrônicas e partir para cima dessa outra sangria desenfreada. Até por que muitas desavenças ocorrem nas ruas e avenidas em que o estacionamento está na espreita do olho atento das meninas.

Aliás, também vale o registro de atitudes negativas de motoristas revoltados xingarem as moças, numa atitude absolutamente desnecessária, pois quem tem que ouvir às ‘boas’ são os responsáveis por esta operação. Já que o prefeito deu ordem para desativar por enquanto as lombadas eletrônicas, o mesmo poderia ser feito com esse famigerado rotativo.

Até que a população fosse esclarecida sobre para onde vai e onde são investidos os valores arrecadados nas “infrações” cometidas pelos motoristas. O que vem ocorrendo rotineiramente e lamentavelmente são agressões recíprocas entre condutores e atendentes do parquímetro . A cena vem sendo presenciada pelo público diariamente. É só ver uma rodinha em volta de uma moça com uma prancheta nas mãos, bonés e roupas azuis, para ter  noção de que algo não republicano está acontecendo ou por acontecer. Outro dia mesmo uma dessas assistentes levou umas bofetadas.

Falei outro dia com uma atendente sobre esse assunto e ela me disse que realmente o parquímetro apesar do tempo em operação na cidade atrai muitas dúvidas. Inclusive temos conhecimento de inúmeros registros de boletins de ocorrências na delegacia, motivado pelo desentendimento entre motoristas e as atendentes de rua.

Dourados está vivendo um momento de mudanças. Tomara que essas venham realmente para melhorar o dia-a-dia desse povo bom demais e que não merece tantas pedradas. O bom senso reza que é preciso prudência, cautela e entendimento na construção de uma política contemplativa e acima de tudo de transparência.

Esse sistema de cobrança de estacionamento na área central pode funcionar em outras bandas, aqui em Dourados está nebuloso e paira muitas duvidas. E não adianta colocar a culpa no povo que não compareceu na Audiência Pública para discutir a questão. Indo ou não a coletividade merece respeito e tem que receber tratamento digno. Sempre. Pois a palavra de ordem em negocio é CUSTO BENEFICIO.

Silva Júnior é jornalista