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Opinião

Amigos, amigos para sempre!

10 setembro 2016 - 11h08Por José Alberto Vasconcellos

Corria no Senado da República Federativa do Brasil, o “Impeachment” da “presidenta” Dilma Vana Rousseff”, ex-guerrilheira juramentada, que em todas oportunidades que teve, disse ter sido torturada na contra-revolução de 1964, a qual chama de golpe. A reiterada queixa despertou o interesse de um jornalista que, depois de acurada investigação, atestou — e publicou na imprensa — que presa ela foi, mas torturada nunca! Sempre mentiu, para fazer-se de vítima.

Luiz Inácio Lula da Silva conduziu a amiga Dilma à presidência, como sua sucessora, usando a larga experiência adquirida no campo político, quando fora presidente. A amizade entre os “mártires” — Lula e Dilma — vem de longa data, fora a um só tempo inspirada na saga de Fidel Castro, e selada nas marchas de rua, nas reuniões de sindicatos, nas greves, e nos boicotes ao serviço público, tudo forjado conforme o Decálogo de Lênin, o pai do comunismo russo.

O avanço da esquerda castrista, com o beneplácito do então presidente João Goulart, teve um revés em 1964, com a “Marcha da Família, com Deus pela Liberdade”. Ocasião em que lideranças como Lula e Dilma acabaram na jaula. Zé Dirceu e outros “valentes” fugiram para Cuba.

A anistia trouxe de volta os militantes esquerdistas exilados, a maioria, em Cuba, onde puderam aprimorar-se nas façanhas de Castro. Fidel, guerrilheiro encarcerado (1953-1955), exilado até 1956, voltando para Cuba organizou a guerrilha, que “bajando de la Sierra Maestra” — como gosta de contar — derrubou o presidente Fulgêncio Batista em 1959 e empoleirou-se no poder, onde mantém-se até hoje, passados 57 anos.

Como ditador, Castro implantou o comunismo na Ilha, inaugurando o “Paredón”, onde milhares de pobres e desprotegidas criaturas do gênero humano, foram fuziladas, apenas porque não gostavam da sua barba e dos seus modos repulsivos; muitas outras criaturas que continuam vivas, estão apodrecendo nas masmorras de Cuba, sem defesa e sem prazo para a liberdade. Os petistas assimilaram a barba de Fidel que passaram a ostentar, prometendo fome zero e defesa ao trabalhador.

A truculência sanguinária de Castro, no Brasil, foi substituída pelo furto descarado do Erário. O peculato que se praticava a conta gotas desde a queda de D.Pedro II, em 1889, após 2003, com a eleição do barbudo Lula pelo PT, o peculato reascendeu-se com inusitada virulência. Os petistas logo mancomunaram-se com os políticos tradicionais, implantando o “Mensalão”, transformando o Estado numa hegemonia partidária objetivando manter o poder pelo poder, indefinidamente.

Explicando a fluência da história: tivemos a queda do presidente Goulart em 1964, que assumira o cargo pela renúncia (1961) do então presidente Jânio Quadros (1917-1992); a seguir, com a vitória da sociedade contra os comunistas, tivemos na presidência da República vários generais, dos quais distinguimos Humberto de Alencar Castelo Branco, que resolveu, em pouco tempo, numerosos problemas que Mato Grosso enfrentava: falta de rodovias, de energia elétrica, de comunicação, termino da ponte no Porto XV e outras pendências, que o tempo e os políticos não resolviam.

Os esquerdistas, escurraçados em 1964, com o tempo reorganizaram-se e fundaram o Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, com o apoio do sindicalismo, de setores de Igreja e da classe média profissional. Tinha como programa defender os direitos humanos e a igualdade social. Lula e depois Dilma chegaram a presidência da República, e no período de 2003/2016, pela irresponsabilidade, afundaram o País em dívidas; promoveram desvios financeiros que levou à falência grandes empresas nacionais, dentre elas a Petrobrás. Promoveram a recessão e o desemprego para 13 milhões de trabalhadores, que acreditaram na proteção prometida.

Durante o julgamento do “Impeachment”, Lula assistia a sessão do Congresso ao lado de Chico Buarque, apoiando-se no compositor que registrou o trauma da Geni, que em momento análogo ao da “presidenta” Dilma, sob julgamento, jogaram nela “coisas fedorentas”!

Consumado o “Impeachment”, Lula voltou para Atibaia e seus vinhos. Chico, apaixonado pelo comunismo, para a sua música.

* O autor é membro da Academia Douradense de Letras
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